Redação

O presidente Jair Bolsonaro segue internado, em São Paulo, para tratar de uma obstrução intestinal. Apesar de convalescer em um hospital, Bolsonaro – ou a equipe dele – não deixou de acompanhar o depoimento desta quinta-feira (15) na CPI da Covid, que ouviu o procurador da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho. Na mensagem, Bolsonaro chamou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) de “otários”.

A postagem com a agressão verbal ocorreu logo após a reunião da comissão terminar, dizia ser suspeita a fala do depoente de que a empresa jamais pagou pelas despesas dele ou de Luiz Paulo Dominguetti, considerado o articulador da proposta de venda de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca ao Ministério da Saúde. Denúncia, revelada no final de junho, indica que integrantes da pasta colocam como condição para negociar, propina de US$ 1 por dose do imunizante.

O presidente ainda direcionou críticas à CPI da Covid. e disse que o G-7, grupo de senadores de oposição que faz a maioria na comissão, se frustra ao não achar indícios de corrupção em seu mandato. Desde o início do governo, no entanto, uma série de denúncias são apuradas, incluindo a suspeita de superfaturamento nos contratos de vacina contra a covid-19. Sete em cada dez brasileiros acreditarem que há corrupção dentro do governo de Bolsonaro, conforme recente pesquisa do Datafolha.

Apesar da melhora no quadro de saúde, Bolsonaro não tem previsão de alta hospitalar. Mais cedo, o presidente indicou que não fará a costumeira live às quintas-feiras, nem irá a um passeio motociclístico planejado para ocorrer em Manaus.

Fonte: Congresso em Foco


Tribuna recomenda!