Redação

Brasileiro quase perde o torneio ao ser furtado durante viagem de ida.

O potiguar Ítalo Ferreira, número seis do mundo, se sagrou campeão e conquistou o ouro de forma histórica. Na madrugada deste domingo, ele cravou nota dez após uma manobra aérea incrível na praia de Kisakihama, em Miyazaki, alcançando o melhor somatório da final (17,77).  O norte-americano Kolohe Andino, ficou com a prata (17,06), e outro brasileiro, o bicampeão mundial Gabriel Medina, somou 14,53 e foi bronze.  Já o líder do ranking mundial, o paulista Filipe Toledo, abandonou a competição por recomendação médica, devido a dores nas costas.

O inusitado é que por pouco, Ítalo Ferreira não perdeu a chance de disputar os Jogos Mundiais de Surfe, organizados pela Associação Internacional de Surfe (ISA), etapa obrigatória para os surfistas que buscam garantir uma vaga na Olimpíada de Tóquio ano que vem. Na véspera da viagem para o Japão, na última terça-feira (10), ìtalo teve o carro furtado, e dentro dele estava o passaporte. O brasileiro precisou tirar um passaporte de emergência, e assim conseguiu embarcar às pressas para o Japão. Só conseguiu chegar à praia de Kisakihama, quando faltavam nove minutos para o término da sua bateria. Com uma prancha emprestada pelo compatriota Filipe Toledo, Ítalo Ferreira caiu no mar e avançou à fase seguinte, a um minuto do final da bateria, quando surfou uma onda de esquerda: conseguiu  8,33, a melhor nota da bateria.

O caminho de Ítalo até o garantir o ouro nas ondas de Kisakihama ainda teve outro revés: na semifinal, o potiguar caiu para repescagem, ao enfrentar um trio da pesada: o compatriota Gabriel Medina, e os norte-americanos Kelly Slater – multicampeão mundial – e Kolohe Andino. Mas o roteiro do brasileiro rumo ao ouro parecia estar escrito: após superar Kelly Slater na última de várias repescagens, o brasileiro foi para a final. E brilhou,: obteve nota dez após uma apresentação de gala, com direito a um aéreo.

Além da medalha de ouro na categoria masculina, o Brasil também fez bonito na disputa feminina, com a cerarense Silvana Lima, o vice-campeã.  A competição feminina ocorreu antes da etapa masculina.

Os Jogos Mundiais promovidos pela ISA são qualificatórios para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Apenas dois surfistas de cada país poderão competir ano que vem, na estreia da modalidade na Olimpíada de Tóquio. Entre os critérios de classificação está o ranking da World Surf League (WSL): os dez melhores, entre os homens, e as oito melhores entre as mulheres, estão com as vagas asseguradas em Tóquio. A última chance de pontuar será na segunda edição dos Jogos Mundiais de Surfe da ISA , no ano que vem.  (fonte: Agência Brasil)