Por Biagio Marasciulo –
Quando terminamos a última correspondência, todos tínhamos começado a ouvir e a falar na mídia internacional da crise política e social, além de religiosa, que atingiu uma nação da Ásia Central, o Afeganistão, que caiu sob o controle militar de uma das facções, os “Talibãs”, em conflito com o governo central daquela nação; a comunidade mundial, mas em particular a Europa e a Itália, preocupam-se com a situação que se instalou, porque as tentativas de pacificação nunca consolidaram um equilíbrio sociopolítico nessa área.
A situação se degenerou dentro do Afeganistão depois que as forças militares de nacionalidades externas e de apoio econômico-sanitário, que trabalharam em auxílio às forças governamentais legais do país, abandonaram suas atividades colaborativas, abandonando rapidamente suas intervenções e voltando aos seus respectivos países (eram forças de várias nacionalidades sob o controle da ONU).
O que preocupa a comunidade internacional são as precárias condições de desenvolvimento social que foram imediatamente bloqueadas, impedindo a população afegã de certos direitos e algumas formas de liberdade que conquistou em vinte anos de guerra e atos terroristas. Por que tudo isso? O Afeganistão está por sua localização geográfica colocado em uma posição estratégica entre os países do Leste Asiático e o Oriente Médio que fica de frente para o Mar Mediterrâneo em direção à Europa; está, também politicamente, a meio caminho entre China, Paquistão, Rússia e os países dos Balcãs no que é denominado “A ROTA DA SEDA”.
Em particular, o emirado introduzido pelos “Talibãs” levou à introdução da Lei Islâmica de um tipo “fundamentalista” que não é aprovado por muitos países ocidentais, porque impede muitas “liberdades” para as mulheres e desvaloriza a imagem delas em geral. Reportagens jornalísticas também atestam a ideia de que os “talibãs” consideram as meninas com mais de 12 anos como “saques de guerra”, com propósitos claros e conhecidos por aqueles que já sofreram essa vergonha.
Lembramos que o maior produtor de ópio do mundo é, de fato, o Afeganistão e é sabido que o ópio produz a droga mais lucrativa, conhecida como “heroína”. A essa altura, a combinação “militar-Talibã-heroína” é fácil, na medida em que está relacionada ao próprio tráfico dessas drogas. Não queremos entrar em detalhes sobre a violência que envolveu toda a operação militar, mas a preocupação da comunidade mundial é buscar um caminho diplomático para aliviar a pressão e os riscos de uma degeneração do conflito; se tentará fazer com que o novo governo islâmico compreenda que é do interesse comum manter uma solução moderada sem o uso da violência, a fim de dar ao povo afegão as justas liberdades e para as mulheres o reconhecimento de seu papel muito importante e com o mesmos direitos que os homens.
Pois é, Amigos Brasileiros, tratamos hoje de um tema novo e diferente, que preocupa a Itália e a Europa, isto porque até que as nações se alinharem para apoiar ou se opor à “potência talibã” num futuro muito incerto. Queríamos continuar falando com vocês sobre as Regiões italianas, mas demos espaço para considerações sobre as notícias internacionais porque mereciam uma explicação ao nosso modo de ver. É necessário também esclarecer que a intervenção das forças da ONU naquele país não se deu na forma de uma “invasão” para fins “coloniais”, mas solicitada como ajuda para curar a guerra civil em curso entre governos legítimos e os “Talibãs” que aconteceu após a guerra de fronteira anterior entre o Afeganistão e a Rússia, depois que os ocupantes militares russos foram repelidos, evitando uma ocupação do país que teria prejudicado o equilíbrio político-militar nessas áreas da Ásia Central. Uma situação muito “complicada” por interesses de várias causas que sempre prejudicou o Afeganistão e, em particular, a população reduzida a limites muito baixos dos direitos de Pessoa, tanto do ponto de vista social, econômico e cultural. Espaço foi dado a intervenções que iniciaram processos inovadores e democráticos para alinhar o país com níveis culturais e libertários mais elevados, em particular para as mulheres. Hoje, toda a Europa espera numa ajuda substancial para reiniciar este processo geral de inovação, mas em particular a restauração da liberdade e autodeterminação do povo afegão, também para evitar um êxodo imenso e triste para os países europeus de milhões de refugiados e emigrantes em perigo de segurança, trabalho, dignidade da pessoa e democracia.
Todo o povo brasileiro conhece o valor da democracia e da liberdade; por isso queremos sublinhar nesta correspondência a ansiedade e a preocupação da Itália em ajudar os irmãos afegãos; são tantas organizações humanitárias italianas que trabalham lá há anos para ajudar no desenvolvimento e na expulsão de traficantes de armas e de drogas, que estão sempre envolvidos em grupos terroristas de várias origens e com objetivos diferentes. Na Itália, está sendo preparada uma coordenação para organizar o acolhimento do povo afegão, em particular mulheres e crianças ou famílias inteiras que ainda tentam aproveitar os “corredores humanitários” abertos para fugir de conflitos internos que, inevitavelmente, resultarão de a tomada do poder e o controle territorial dos “Talibãs”. Lembramos aos nossos queridos amigos brasileiros que em nossa próxima correspondência continuaremos a divulgar outras regiões italianas e suas tradições, suas paisagens e, em geral, a beleza de nosso país no centro do Mediterrâneo; será a vez da Toscana, Umbria, Marche e Lazio, regiões muito importantes pelo “peso histórico” mas também artístico e popular. Também enfatizaremos a famosa comida e o vinho deles, que representam de forma excelente a nossa querida Italía no mundo.
Até a próxima, com o nosso “Forte abbraccio ben brasiliano e…. Carioca !!! Arrivederci!
Correspondência da Itália de Biagio Marasciulo – Tradução do texto de Miguel Antinarelli
Reprodução PROIBIDA.
QUI ITALIA, … A VOI BRASILE !!! – Corrispondenza per TUTTI
Biagio Marasciulo
Quando ci siamo lasciati nella corrispondenza della settimana passata avevamo tutti cominciato a sentire parlare i media internazionali circa la crisi politica e sociale, oltre che religiosa, che aveva colpito una Nazione dell’Asia centrale, l’Afganistan, caduta sotto il controllo militare di una delle fazioni, i “Talebani”, in conflitto con il governo centrale di quella Nazione; la Comunità mondiale, ma in particolare l’Europa e l’Italia si preoccupano della situazione che si è creata, perché i tentativi di pacificazione non sono mai andati a consolidare un equilibrio socio-politico di quell’area; la situazione è degenerata all’interno dell’Afganistan dopo che le forze militari di nazionalità esterne e di supporto economico-sanitarie, che lavoravano in aiuto alle forze governative legali del Paese, hanno dismesso le loro attività collaborative, abbandonando in tempi brevi i loro interventi e sono rientrate nei rispettivi Paesi (erano forze di varie nazionalità sotto il controllo dell’ONU).
Ciò che preoccupa la Comunità internazionale sono le precarie condizioni di sviluppo sociale che sono state immediatamente bloccate, impedendo alla Popolazione afgana alcuni diritti ed alcune forme di libertà che avevano conquistato in venti anni di guerra ed atti terroristici. Perché tutto ciò? L’Afganistan è per collocazione geografica collocato in posizione strategica fra i Paesi asiatici orientali ed il Medio Oriente che si affaccia nel Mar Mediterraneo verso l’Europa; si trova, anche politicamente, a metà strada fra Cina, Pakistan, Russia e Paesi Balcanici in quella che viene definita “LA VIA DELLA SETA”.
In modo particolare l’Emirato introdotto dai “Talebani” ha portato alla introduzione della Legge Islamica di tipo “fondamentalista” che non viene vista di buon occhio da molti Paesi Occidentali, perché preclude molte “libertà” alle Donne e ne svalorizza l’immagine generale. Reportages giornalistici testimoniano anche l’idea che i “Talebani” considerano le ragazzine oltre i 12 anni come “Bottino di guerra”, con scopi chiari e ben conosciuti da chi ne ha già subìto l’onta. Ricordiamo che il maggior produttore di oppio al Mondo è, appunto, l’Afganistan e si sa bene che dall’oppio si ottiene la droga più remunerativa, nota come “eroina”. Facile, a questo punto, l’abbinamento “militari-talebani-eroina”, per quanto attinente al traffico della droga stessa. Non vogliamo scendere in dettagli della violenza che tutta l’operazione militare ha comportato, ma la preoccupazione della Comunità mondiale è quella di cercare una via diplomatica per allentare la pressione ed i rischi di una degenerazione del conflitto; si cercherà di far comprendere al nuovo governo islamico che è nell’interesse comune la conservazione di una soluzione moderata e senza uso di violenza alcuna per dare al Popolo Afgano le giusta libertà ed alle Donne il riconoscimento del loro ruolo importantissimo e con i medesimi diritti degli Uomini.
Ecco, Amici Brasileiros, abbiamo trattato un argomento nuovo e diverso, che in questi giorni sta preoccupando l’Italia e l’Europa, perché anche le Nazioni si sono schierate per assecondare o per opporsi al “potere talebano” con un futuro molto incerto. Volevamo continuare a parlarvi delle Regioni Italiane, ma abbiamo dato spazio a delle considerazioni sulla cronaca internazionale perché meritava una spiegazione. Necessita chiarire anche che l’intervento delle forze ONU in quel Paese era stato non in forma di “invasione” per scopi “colonialistici”, ma richiesto come aiuto per sanare la guerra civile in corso fra governo legittimo e “talebani” subito in seguito alla precedente guerra di confini fra Afganistan e Russia, dopo che gli occupanti militari russi erano stati respinti evitando una occupazione del Paese che avrebbe portato danno agli equilibri politico-militari in quelle aree dell’Asia Centrale. Una situazione molto “complicata” per interessi di varie origini che avevano da sempre danneggiato l’Afganistan ed in particolare la popolazione ridotta a limiti molto bassi dei diritti della Persona sia dal punto di vista sociale che economico e culturale. Si era dato spazio a interventi che avevano dato inizio a processi innovativi e democratici per allineare il Paese a livelli culturali più elevati e libertari, in particolare verso le Donne. Ora tutta l’Europa auspica un sostanzioso intervento di aiuti per riavviare tale processo di innovazione generale, ma in modo particolare il ripristino di libertà e autodeterminazione del Popolo afgano, anche per evitare un immenso e triste esodo verso i Paesi europei da parte di milioni di profughi ed emigranti in pericolo di sicurezza, lavoro, dignità della Persona e democrazia.
Tutto il Popolo brasiliano conosce il valore della democrazia e della libertà; per questo abbiamo voluto sottolineare in questa corrispondenza l’ansia e la preoccupazione dell’Italia per aiutare i fratelli Afgani; sono tante le Organizzazioni umanitarie italiane che da anni lavorano là per aiutare lo sviluppo ed allontanare i trafficanti di armi e droghe sempre coinvolti in gruppi terroristici di varie origini e con diversi obiettivi. In Italia è in via di preparazione il coordinamento per organizzare l’accoglienza di gente afgana, in particolare donne e bambini o famiglie intere che ancora oggi stanno tentando di usufruire dei “corridoi umanitari” aperti per allontanarsi dai conflitti interni che, inevitabilmente, saranno conseguenza della presa del potere e del controllo territoriale dei “talebani”. Ai nostri carissimi Amici brasiliani ricordiamo che nella prossima corrispondenza continueremo a far conoscere altre Regioni italiane e le loro tradizioni, i loro paesaggi e, in generale, la bellezza del nostro Paese al centro del Mediterraneo; sarà la volta della Toscana, dell’Umbria, delle Marche e del Lazio, Regioni molto importanti per il loro “peso storico” ma anche artistico e popolare. Ricorderemo anche la famosa enogastronomia di essi, che rappresenta in modo eccellente quella tutta italiana famosa nel Mondo.
Alla prossima, con il nostro “Abraço brasileiro e …. Carioca”.
BIAGIO MARASCIULO – Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional na cidade de Pádua, Itália.
MIGUEL ANGELO ANTINARELLI – Tradutor e representante internacional em Roma, Itália. Engenheiro Eletrônico com especialização Pós-Universitária em Engenharia Industrial na Itália. Atuou como bolsista do governo italiano em pesquisa científica na área de Engenharia Biomédica na Universidade de Nápoles (ITA). Além da Itália morou na Alemanha, Estados Unidos, Japão e trabalhou em multinacionais como a Texas Intruments, Goddyear e AGC Asahi Glass.
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