Por Biagio Marasciulo 

Aqui Itália, estamos de volta!

Queridos amigos brasileiros, estamos aqui com vocês novamente; nossa “viagem” pela Itália está chegando ao fim; quisemos sublinhar aspectos e tradições das várias Regiões, tendo em conta que cada uma delas expressa histórias e relatos que muitas vezes não são destacados nos artigos jornalísticos que voltam a atenção para os territórios italianos, também porque, efetivamente, cada Região tem diferentes características e até mesmo na língua os vários dialetos usados ​​nas relações entre as pessoas diferem fortemente. Esta correspondência trará dados e peculiaridades da maior ilha de todo o Mar Mediterrâneo: SICÍLIA.

É uma das regiões mais populosas da Itália e está estrategicamente posicionada no centro das fronteiras do Mediterrâneo entre a Europa e a África; sua posição historicamente a transformou, em tempos passados, em um laboratório de culturas sobrepostas, integrando-se e atribuindo à ilha um papel às vezes complicado por ter sofrido a presença de Gregos, Romanos, invasões dos Bárbaros, dos Ostrogodos, Bizantinos, Árabes, Normandos, Suábios, Angevins e Bourbons, antes de chegar à unificação com toda a Itália dos reis de Savoia. Tem a forma de um triângulo, daí o “nome” grego de TRINAKRIA. A Sicília é principalmente montanhosa e acidentada e no setor nordeste existem as cadeias de montanhas mais altas; o que se destaca é o maciço vulcânico do ETNA, com 3323 metros de altura (é o vulcão mais alto da Europa). A Sicília é uma região autônoma, com um governo local desde 1948. A atividade vulcânica nesta grande ilha é notável e, em alguns casos, resultou em um alto risco sísmico com vários episódios de terremotos; a mais catastrófica foi a que atingiu a cidade de Messina e seu “estreito”, que toca o continente italiano com a vizinha cidade de Reggio Calabria (foto abaixo), na região do mesmo nome, em 1908 com mais de cem mil vítimas.

As maravilhas naturais da ilha justificam a definição de “Jardim do Mediterrâneo”, ainda que em contraste com vastas áreas de estepes áridas; no entanto, são precisamente as riquezas ambientais que fazem de SICILIA uma terra fascinante para a história, diferentes culturas, arte e tradições populares, bem como paisagens colegadas ao mar com cores de grande beleza. A capital da Região é PALERMO, local conhecido pela evolução estrutural e artística dos seus lugares, pelo encanto latente das culturas que lhe conferiram um ambiente vivo mas elegante, apesar dos contos de negatividade relacionados com as várias histórias de comportamento, muitas vezes exasperado, de fatos ligados a organizações criminosas que deram origem e seguimento à chamada “máfia siciliana”, mitificada por relatos de crimes exportados para outros países do mundo.

A bandeira da Sicília foi originalmente adoptada em 1282 após um importante evento histórico denominado Vésperas Sicilianas. (Wikipédia)

A história desta Região também se alimenta da história das suas Províncias; cidades como Catânia, unidas no seus estilos “barrocos” com edifícios antigos muito elegantes e um ambiente muito jovial; Messina, no estreito a que dá nome, via de comunicação marítima com o continente italiano; comunidade que cresceu após o triste terremoto de 1908 e a sua notável Universidade. Trapani, Agrigento e Caltanissetta, cidades do centro oeste com características importantes de seus centros arqueológicos, em particular o “Vale dos Templos”; Ragusa e Siracusa ao sul, cidades muito populares de turismo histórico e artístico; suas províncias representam muito bem o estilo arquitetônico das igrejas e praças; outras cidades como Modica, Scicli, Noto, Gela, Licata e Canicattì devem ser mencionados. Mazara del Vallo é um importante centro pesqueiro com a sua frota de barcos de pesca, mas em geral toda a costa siciliana pratica a pesca (em particular o atum e o peixe-espada). Na agronomia, cítricos sicilianos, laranjas, limões, tangerinas, cedros são inesquecíveis, tudo ligado a uma gastronomia extraordinária com pratos que aproveitam muito os produtos locais que não fazem…. esquecer a bela região da Sicília!

Outra grande ilha que se torna uma região italiana é a SARDINIA (Sardenha, foto acima). Ocupa uma posição estratégica no tráfego no oeste do Mar Mediterrâneo. Apesar de ser “Ilha”, a população deu as costas ao mar, construindo uma sociedade predominantemente rural, tornando-se assim apenas uma etapa do comércio marítimo realizado por “estrangeiros”. Preserva nas suas tradições populares e no estilo de vida características profundas de “singularidade”, ou seja, a independência e homogeneidade dos sardos, que definem a imagem comum que surge fora da ilha, distinguindo-a claramente do resto da Itália. A Região, com apenas duas cidades de médio porte, CAGLIARI (capital regional) e SASSARI. Quase despovoada nas áreas montanhosas do interior, a Sardenha é caracterizada por uma densidade populacional modesta e uma taxa de mortalidade média significativamente inferior à média nacional; os sardos podem ser considerados como um todo, como uma minoria étnica no “quadro nacional”, visto que a língua da Sardenha é uma língua neo-latina por direito próprio, distinta dos vários dialetos italianos; outras minorias da língua “catalã” (de origem espanhola) e da língua “Ligúria” sobrevivem na costa oeste, fruto de uma imigração secular. Até meados do século passado, a atividade principal era a agricultura e a pastorícia, que, no entanto, não era competitiva nos mercados nacionais; com o passar do tempo e a reorganização dos serviços, o setor que mais se desenvolveu foi claramente o setor do turismo que hoje se apresenta mais dinâmico e interessante; existem muitas marinas adaptadas ao turismo marinho para diversas atividades balneares, especialmente na faixa costeira do norte da ilha.

É interessante notar as políticas de desenvolvimento regional que têm levado à valorização do Patrimônio Cultural e Ambiental; lembre-se do famoso “Nuraghi” (foto acima), construções do passado totalmente em pedra e executadas com uma técnica muito particular. A beleza paisagística da parte costeira a norte tem sido sabiamente explorada para dar início a um turismo de certa “qualidade”, enquanto a sul a necessidade de manter o equilíbrio naturalista inalterado com os parques marinhos para a protecção de uma considerável fauna territorial. Lugares que se tornaram “memória turística avançada” devem ser lembrados: Gallura, toda a Costa Smeralda, o Golfo de Asinara, Golfo Aranci, com cidades dedicadas à hospitalidade para os turistas, como Arzachena, Santa Teresa di Gallura, Olbia, Palau, Porto Cervo, Porto Rotondo e depois na costa oeste de Alghero, mais ao sul Iglesias, Sant’Antioco, a costa perto de Cagliari com Villasimius e Muravera; recordamos também as outras duas cidades que são províncias, nomeadamente Oristano e Nuoro e lugares como Tempio Pausania ao norte, com Porto Torres, Castelsardo; também várias pequenas ilhas próximas da costa e apreciadas turisticamente são Maddalena, que com o seu arquipélago congrega um bom número delas, e Caprera e Tavolara. Como se pode perceber esta região, típica pelas suas peculiaridades originais, é um local muito atrativo para quem gosta de passar as suas férias num clima de mar particularmente apreciado com hotéis e residências de veraneio de notável qualidade. As populações autoctoneas terão orgulho disso, valorizando suas tradições e o sabor de…. Vida longa !!!

Queridos amigos do nosso Brasil, com esta recordação “da Sardenha” desejamos longevidade também a todos vocês e… que seja alegria!!!

Correspondência da Itália para TRIBUNA DA IMPRENSA LIVRE de Biagio Marasciulo – Tradução do texto de Miguel Antinarelli. Reprodução PROIBIDA.

QUI ITALIA, … A VOI BRASILE !!! – Corrispondenza per TUTTI

Biagio Marasciulo

Cari Amici Brasiliani, siamo nuovamente da voi; il nostro “viaggio” in tutta Italia volge alla fine; abbiamo voluto sottolineare aspetti e tradizioni delle varie Regioni, tenendo presente che ognuna di esse esprime storie e aneddoti che spesso non sono evidenziati negli articoli giornalistici che rivolgono la loro attenzione ai territori italiani, anche perché, effettivamente, ogni Regione ha delle caratteristiche diverse e persino nella lingua si differenziano fortemente i vari dialetti usati nei rapporti tra le Genti. Questa corrispondenza porterà a Voi dati e particolarità della più grande isola di tutto il Mare Mediterraneo: la SICILIA. E’ tra le Regioni più popolose d’Italia ed è strategicamente posizionata al centro dei confini mediterranei tra l’Europa e l’Africa; la sua posizione la ha trasformata storicamente, nei tempi passati, in un laboratorio di culture che si sono sovrapposte, integrandosi tra loro e destinando l’isola ad un ruolo a volte complicato per aver subìto la presenza di Greci, Romani, invasioni barbariche degli Ostrogoti, Bizantini, Arabi, Normanni, Svevi, Angioini e Borboni, prima di arrivare alla unificazione con l’intera Italia dei Regnanti di Savoia. Ha forma di un triangolo, da cui il “nome” greco di TRINAKRIA. La Sicilia è prevalentemente montuosa e collinare e nel settore nord-orientale si trovano i rilievi montuosi più alti; quello che spicca è il massiccio vulcanico dell’ETNA, alto 3323 mt. (é il più alto vulcano d’Europa). La Sicilia è una Regione autonoma, con un governo locale dal 1948. Notevole è l’attività vulcanica in questa grande isola, e questo ha determinato in qualche caso un elevato rischio sismico con diversi episodi di terremoti; il più catastrofico fu quello che colpì la città di Messina e il suo “stretto”, che sfiora il continente italiano con la vicinissima città di Reggio Calabria, nella omonima Regione, nel 1908 con oltre centomila vittime. Le meraviglie naturali dell’isola giustificano la definizione di “Giardino del Mediterraneo”, anche se in contrasto con vaste aree di aride steppe; tuttavia sono proprio le ricchezze ambientali che fanno della SICILIA una terra affascinante per storia, culture diverse, arte e tradizioni popolari, oltre a paesaggi collusi al mare con colori di grande bellezza. La città capoluogo della Regione è PALERMO, conosciuta località per l’evoluzione strutturale ed artistica dei suoi siti locali, per il fascino latente delle culture che le hanno impresso un ambiente vivace ma signorile, nonostante i racconti di negatività legati alle varie storie di comportamenti, spesso troppo esasperati, di fatti collegati ad organizzazioni malavitose che hanno dato origine e seguito alla cosiddetta “mafia siciliana”, mitizzata da storie di criminalità esportata in altri Paesi del Mondo. La storia di questa Regione si nutre anche di quella delle sue Provincie; città come Catania, raccolta nel suo stile “Barocco” con palazzi d’epoca molto eleganti ed un ambiente molto giovanile; Messina, sullo Stretto al quale dà il nome, via di comunicazione marittima con la parte continentale dell’Italia; comunità cresciuta dopo il triste terremoto del 1908 e nota Università degli Studi. Trapani, Agrigento e Caltanissetta, città al centro occidentale con caratteristiche importanti dei loro siti archeologici, in particolare la “Valle dei Templi”; Ragusa e Siracusa a sud, centri molto frequentati dal turismo storico ed artistico; le loro provincie rappresentano molto bene lo stile architettonico delle chiese e delle piazze; vanno ricordati centri come Modica, Scicli, Noto, Gela, Licata e Canicattì. Importante centro ittico per la sua flotta di pescherecci è Mazara del Vallo, ma in genere tutta la costa siciliana è attiva nella pesca (in particolare del tonno e del pesce spada). In agronomia sono indimenticabili gli agrumi siciliani, arance, limoni, mandarini, cedri, tutti legati ad una gastronomia ammiccante e straordinaria che utilizza molto i prodotti locali per pietanze che non fanno…. dimenticare la bellissima Regione SICILIA !

Altra grande isola che diventa Regione italiana è la SARDEGNA. Occupa una posizione strategica nel traffico all’interno del Mare Mediterraneo occidentale. Nonostante il suo essere “Isola”, la popolazione ha volto un po’ le spalle al mare, costruendo una società prevalentemente rurale, diventando così solo tappa dei traffici marini effettuati da “stranieri”; Conserva nelle sue tradizioni popolari e nello stile di vita profonde caratteristiche di “unicità”, cioè di quella indipendenza ed omogeneità dei sardi, che ne definiscono l’immagine comune che appare all’esterno dell’Isola, distinguendola nettamente dal resto dell’Italia. La Regione, dotata di sole due città di media dimensione, CAGLIARI (capoluogo regionale) e SASSARI. Quasi spopolata nelle zone interne di montagna, la Sardegna è caratterizzata da una densità di popolazione modesta e da un tasso di mortalità medio significativamente più basso della media nazionale; i Sardi si possono considerare nel loro complesso come una minoranza etnica all’interno del “quadro nazionale”, dato che la lingua sarda è una lingua neo-latina a sé stante, ben distinta dai vari dialetti italiani; sopravvivono sulla costa ovest altre minoranze di lingua “catalana” (di origini spagnole) e lingua “ligure” frutto di immigrazioni secolari. Fino a metà del secolo scorso l’attività primaria era quella agricola e quella pastorizia, che, tuttavia, non riusciva ad essere competitiva sui mercati nazionali; col passare del tempo e la riorganizzazione dei servizi, il settore che più si è sviluppato è stato nettamente quello turistico che oggi rappresenta il più dinamico e maggiormente interessante; molti i porticcioli adattati al turismo marino per le varie attività balneari, soprattutto nella fascia costiera del nord dell’isola. Interessante rilevare le politiche di sviluppo regionale che hanno portato ad una valorizzazione dei Beni Culturali ed Ambientali; si ricordano i famosi “Nuraghi”, costruzioni di epoche del passato totalmente in pietra ed eseguite con una tecnica molto particolare. La bellezza paesaggistica della parte costiera a nord è stata saggiamente sfruttata per avviare un turismo di una certa “qualità”, mentre a sud si è colta la necessità di mantenere inalterato l’equilibrio naturalistico con dei Parchi marini per la salvaguardia di una notevole fauna territoriale. Vanno ricordate località che sono diventate “memoria turistica avanzata”: la Gallura, tutta la Costa Smeralda, il Golfo dell’Asinara, Golfo Aranci, con cittadine votate all’ospitalità dei turisti, come Arzachena, Santa Teresa di Gallura, Olbia, Palau, Porto Cervo, Porto Rotondo, e poi sulla costa ovest Alghero, più a sud Iglesias, Sant’Antioco, la costa presso Cagliari con Villasimius e Muravera; ricordiamo anche le altre due città che sono Provincie, cioè Oristano e Nuoro e località come Tempio Pausania a nord, con Porto Torres, Castelsardo; anche diverse piccole isole vicine alle coste e turisticamente apprezzate sono Maddalena, che col suo arcipelago ne raccoglie un buon numero, e Caprera e Tavolara. Come si può comprendere questa Regione, tipica per le sue peculiarità originali, è luogo molto attrattivo per coloro che amano trascorrere le vacanze in un clima di mare particolarmente apprezzato con strutture alberghiere e residenze estive di notevole qualità. Ne risulteranno orgogliose le popolazioni autoctone valorizzando le loro tradizioni e il gusto della …. Vita longeva !!!

Carissimi Amici del lontano Brasile, con questo ricordo “sardo” auguriamo longevità anche a tutti Voi e …che gioia sia !!! Atè-logo. Un saluto dall’ITALIA.

Corrispondenza dall’Italia per la “TRIBUNA DA IMPRENSA LIVRE” – Rio de Janeiro (BRASIL) – da BIAGIO MARASCIULO – Padova (ITALIA) – Traduzione di MIGUEL ANTINARELLI.

BIAGIO MARASCIULO – Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional na cidade de Pádua, Itália. 

MIGUEL ANGELO ANTINARELLI –  Tradutor e representante internacional em Roma, Itália. Engenheiro Eletrônico com especialização Pós-Universitária em Engenharia Industrial na Itália. Atuou como bolsista do governo italiano em pesquisa científica na área de Engenharia Biomédica na Universidade de Nápoles (ITA). Além da Itália morou na Alemanha, Estados Unidos, Japão e trabalhou em multinacionais como a Texas Intruments, Goddyear e AGC Asahi Glass.


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