Por Jeferson Miola

O general da reserva Paulo Chagas defende que Exército repita o general conspirador Villas Bôas e intimide o STF, do mesmo modo que o Alto Comando procedeu em 3 de abril de 2018, ao redigir o tweet ameaçador publicado por Villas Bôas, o então comandante do Exército.

Naquela ocasião, o general Paulo Chagas foi um dos primeiros a se solidarizar com Villas Bôas no emparedamento do STF, colocando-se a postos para o combate: “Tenho a espada ao lado, a sela equipada, o cavalo trabalhado e aguardo suas ordens!”, ele escreveu [imagem].general paulo chagas resposta ao VBVia twitter, neste sábado [22/10] o general Paulo Chagas alegou que “Não há dúvida de q o STF está conspirando a favor da eleição de um ladrão descondenado. Isto ñ é justo nem legal”.

E, como remédio a esta sua delirante alegação, o estridente general defende intervenção militar com uma virada de mesa “discretíssima”: “O Gen Villas Bôas já teria resolvido isto, s/alarde, com uma discretíssima visita aos ministros do STF, pq, p/ativar o bom-senso dos outros, basta prestígio e liderança”, escreveu.

Entenda-se por “prestígio e liderança” para “ativar o bom-senso dos outros” como sinônimo de tutela, pressão e ameaça fardada e armada sobre o STF e as instituições civis.

O general Paulo Chagas tem uma trajetória de militante extremista e radicalizado. Ele usa as redes sociais para atacar permanentemente as instituições, a democracia e para destilar um ódio patológico em relação a Lula, ao PT e à esquerda.

Em abril, ele defendeu a prisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que denunciou que as Forças Armadas “estavam orientadas a atacar e desacreditar” o processo eleitoral.

JEFERSON MIOLA – Jornalista e colunista desta Tribuna da Imprensa Livre. Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial.

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