Redação –
O Festival Internacional de Curta-Metragem do Rio de Janeiro (Curta-Cinema) vai exibir 153 filmes de 35 países gratuitamente, de quarta-feira (30) até 6 de novembro. As sessões serão no Estação Net Botafogo, no Cinemaison, no centro, e na Casa Firjan, em Botafogo, e os filmes têm, no máximo, 30 minutos de duração.
Os filmes selecionados disputam os prêmios nacional e internacional, que podem qualificá-los a concorrer a uma indicação para o Oscar de melhor curta-metragem e ao Bafta, concedido pela Academia Britânica de Cinema. Foram inscritos filmes de 35 países no festival.
Um dado curioso é que houve mais candidaturas de filmes franceses que de brasileiros entre as 3,4 mil inscrições recebidas. O diretor do festival, Ailton Franco, disse que o fato evidencia a relevância do festival. “Mostra a importância do festival dentro do circuito internacional de festivais”, afirmou Franco, ao ressaltar o aumento das inscrições de filmes brasileiros e de outras nacionalidades.
O aumento de inscrições nacionais fez com que o festival criasse o Panorama Brasil, separando os filmes nacionais do Panorama Latino-Americano. Além dos dois, há também o Panorama Carioca, e as mostras especiais Primeiros Quadros, de novos realizadores; Em Trânsito, com migrantes e refugiados; Interzona, com cinema fantástico de terror; e Infanto-Juvenil.
Segundo Franco, há grande diversidade de temas entre os filmes, incluindo questões identitárias e de gênero, preservação do meio ambiente e dos povos indígenas. Em um dos curtas, o ator Lima Duarte interpreta um idoso que espera a visita de familiares na casa de repouso em que está internado, mas ninguém aparece. Em outro, o cacique Faremá Kalapalo, do Parque Indígena do Xingu, conta a história do nascimento da água e ressalta a necessidade de conservação.
“A produção de curta-metragem dá uma liberdade de abordagem de temas e, por isso, é o formato ideal para experimentar a linguagem e desenvolver linguagens narrativas”, afirmou.
O festival neste ano ampliou a programação paralela dedicada à formação dos cineastas e vai pautar a produção focada em redes sociais, com oficinas sobre narrativas para YouTube e Animação Urbana para Instagram. “É uma forma de contribuir para o primeiro olhar de jovens profissionais na área do audiovisual”, acrescentou Franco. Ele destacou que a internet se torna cada dia mais um espaço propício para a circulação de conteúdos audiovisuais de menor duração.
Apesar disso, nada substitui um festival, afirmou o diretor do Curta-Cinema. “Antes de mais nada, o festival é um local de encontro de pessoas que vão aprender e querer conhecer novas visões de linguagem cinematográfica. Pessoas que querem discutir, querem mostrar projetos. O festival fisicamente é muito importante como ponto de encontro de fãs e de realizadores de audiovisual.”
Fonte: Agência Brasil
MAZOLA
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