Redação

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) repudia movimentação da tropa de choque do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) que tenta agilizar a agenda privatista que prioriza a venda dos Correios.

Nesta terça-feira (20) a pauta de votação da Câmara dos Deputados deve votar um requerimento de urgência apresentado pelo deputado Hugo Motta (Republicanos/PB) para apreciação do Projeto de Lei (PL) nº 591/2021, que trata da privatização dos Correios.

De acordo com a direção da Fentec, a base do governo quer acelerar a votação desse projeto que, na prática, entrega o patrimônio público e o serviço postal brasileiro para o capital privado, com as consequências que todos os  brasileiros onhecem bem, serviço público privatizado fica mais caro e com péssima qualidade. É o que mostra a privatização do setor de energia, por exemplo.

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A luta da Fentect contra a privatização dos Coreios será no Parlamento e nas redes. Nesta terça, sindicalistas estarão no Congresso Nacional  para convencer os parlametnares a barrar mais esse ataque contra o Brasil e contra os brasileiros.

A Federação convoca a população a também se mobilizar nas redes sociais contra a privatização dos Correios. “Sua mobilização nesse processo é vital! Denuncie! Lute pelos seus direitos! Pressione o parlamentar do seu estado! Mande email, ligue! DIGA NÃO À VENDA DOS CORREIOS! Baixe tabela no nosso site com os dados de email e telefone de todos os 513 parlamentares”, diz nota publicada no site da Federação. Na nota tem a lista de todos os parlamentares e seus respectivos e-mails.

Em abril deste ano, quebrando a promessa feita durante a campanha eleitoral, em 2018, de que não privatizaria os Correios, Bolsonaro editou decreto incluindo a empresa no Programa Nacional de Desestatização (PND).

A Fentect alerta que o governo quer entregar uma empresa que tem projeção de um lucro líquido de mais de R$ 1,5 bilhão, em 2020 (o balanço ainda não foi divulgado oficialmente), e deixar à própria sorte 99 mil trabalhadores e trabalhadoras, num momento em que o número de desempregados no país ultrapassa os 14 milhões de pessoas.

O que eu tenho a ver com isso?

Algumas pessoas perguntam-se o que elas têm a ver com a privatização dos Correios. O primeiro impacto a ser sentido, caso a estatal seja privatizada, é na qualidade do atendimento, principalmente nas cidades interioranas. O motivo é o fim do subsídio cruzado que permite que as cidades maiores, com maior movimento nas agências dos Correios, mantenham abertas as agências das cidades pequenas. Essas pequenas agências podem ser fechadas se a empresa for privatizada. Empresário só pensa em lucro não em prestar serviços a quem precisa.

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Fonte:  Redação CUT