Redação –

Dono do curso preparatório para entrar na Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos públicos e que ensina alunos a torturarem, o empresário e ex-policial Evandro Guedes partiu para ofensas privadas a seguidores que criticaram seu curso.

Candidato ao Senado pelo PL de Jair Bolsonaro, Guedes xingou uma seguidora que criticou a prática de câmara de gás, que causou a morte de Genivaldo de Jesus, de “patricinha maconheira”, “puta” e “feiosa”.

ARRASTA MULTIDÕES – Guedes ameaçou processar a seguidora e disse que “arrasta multidões” a seu curso. Em um determinado momento da discussão, o dono do Alfacon afirmou, como num autoelogio, que é “bolsonarista” e “milionário”. Disse ainda que será candidato ao Senado. Ele é filiado ao PL, mesmo partido do presidente. O candidato do PL ao Senado no Paraná é, porém, Paulo Martins.

Na semana passada, foi noticiado que Guedes também já disse falas racistas e violentas em suas aulas. Numa delas, disse que “descobriu que gosta de bater nas pessoas”.

“O desgraçado do favelado. É isso mesmo, feio para caralho, mijou na latinha de Coca-Cola e mandou, num calor desgraçado 4 e meia da tarde num domingo. Aquela porra bateu nas minhas costas e até hoje eu tenho uma raiva… E a latinha subiu e o xixi veio, chegou a entrar no meu nariz, fiquei todo mijado. Porra, mijo de favelado, a porra dos favelados, a crioulada, todo mundo rindo. O capitão mandou bater em todo mundo. Foi o primeiro ato de execução de maldade e crueldade que eu fiz, puta que pariu”, disse.

GOSTA DE BATER – “Ali eu descobri que eu gosto de bater nas pessoas, e ponto. É uma coisa que eu gosto de fazer, e tive que me controlar por anos para não dar merda”, acrescentou.

O presidente Jair Bolsonaro fez propaganda do curso Alfacon em 2019. Seu filho 03, Eduardo Bolsonaro, já foi convidado de uma das aulas do curso. Foi num das aulas que o filho do presidente disse que “bastava um soldado e um cabo para fechar o STF”.

Procurado para esclarecer sua afirmação de que será senador de seu estado e sobre as ofensas à seguidora, Guedes não respondeu. O espaço está aberto para manifestações.

Fonte: Metrópoles


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