Redação

A filósofa Marcia Tiburi criticou o voto de parlamentares da oposição contra a PEC que ampliaria a composição do CNMP com o intuito de coibir abusos do Poder Judiciário.

A filósofa Marcia Tiburi criticou o voto de parlamentares da oposição contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que ampliaria a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) de 14 para 17 integrantes, sendo cinco indicados ou eleitos pelo Poder Legislativo (atualmente são dois).

“A esquerda lavajatista é a esquerda que a direita e a Globo (et caterva) gostam. Todos ajudam Bolsonaro, Moro e tipos bizarros como esses. Triste de ver até pessoas inteligentes votando contra a PEC 5”, escreveu ela no Twitter.

A PEC seria uma forma de conter abusos do Judiciário, principalmente, após as revelações da Vaza Jato a partir de junho de 2019, quando o site Intercept Brasil começou a divulgar diálogos comprovando as irregularidades da Operação Lava Jato.

Outro detalhe é que, segundo o livro da jornalista do Intercept Letícia Duarte sobre a Vaza Jato, a Lava Jato blindou a Globo ao não investigar a relação da emissora com o escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, usado para lavagem de dinheiro. Em troca, a família Marinho fez cobertura favorável à operação.

Sérgio Moro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por causa de parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agia como se fosse um assistente de acusação, o que feria a equidistância entre quem julga e quem acusa.  Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016, Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente” contra o petista.

Uma conversa de 28 de abril de 2016 mostra que o então juiz orientou os procuradores a tornar mais robusta uma peça. No diálogo, Deltan Dalla­gnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisa à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás.

Confira alguns nomes de parlamentares que votaram contra a proposta:

Alessandro Molon (PSB-RJ),

André Figueiredo (PDT-CE),

Áurea Carolina (PSOL-MG),

Bira do Pindaré (PSB-MA),

Camilo Capiberibe (PSB-AP),

Cássio Andrade (PSB-PA),

Dagoberto Nogueira (PDT-MS),

David Miranda (PSOL-RJ)

Denis Bezerra (PSB-CE)

Eduardo Bismarck (PDT-CE)

Elias Vaz (PSB-GO)

Emidinho Madeira (PSB-MG)

Fábio Henrique (PDT-SE)

Felipe Rigoni (PSB-ES)

FernandaMelchionna (PSOL-RS)

Flávia Morais (PDT-GO)

Gervásio Maia (PSB-PB)

Glauber Braga (PSOL-RJ)

Gustavo Fruet (PDT-PR)

Heitor Schuch (PSB-RS)

Jefferson Campos (PSB-SP)

Júlio Delgado (PSB-MG)

Luiza Erundina (PSOL-SP)

Marcelo Freixo (PSB-RJ)

Mauro Nazif (PSB-RO)

Paulo Ramos (PDT-RJ)

Pompeo de Mattos (PDT-RS)

Robério Monteiro (PDT-CE)

Rodrigo Agostinho (PSB-SP)

Rodrigo Coelho (PSB-SC)

Rosana Valle (PSB-SP)

Silvia Cristina (PDT-RO)

SubtenenteGonzaga (PDT-MG)

Túlio Gadêlha (PDT-PE)

Vivi Reis (PSOL-PA)

Fonte: 247 Brasil


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