Redação –
A secretária especial da Cultura, Regina Duarte, deve desembarcar em Brasília nesta semana. Segundo interlocutores, a viagem já estava prevista há um tempo, e ela deve se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Regina está desde o fim de março trabalhando de sua casa, em São Paulo. Aos 74 anos, a secretária integra o grupo de risco da Covid-19 e foi desaconselhada a manter a rotina de viagens para Brasília. Na noite de terça-feira, dia 28, na portaria do Alvorada, Bolsonaro criticou o distanciamento de Regina, e afirmou que a secretária tem dificuldade na condução da pasta.
MAIS PRÓXIMA – “Infelizmente a Regina está trabalhando pela internet ali e eu quero que ela esteja mais próxima. Uma excelente pessoa, um bom quadro, é também uma secretaria que era ministério, muita gente de esquerda, pregando ideologia de gênero, essas coisas todas que a sociedade, a massa da população não admite e ela tem dificuldade nesse sentido”, disse o presidente.
Bolsonaro, porém, negou que esteja insatisfeito com o trabalho da secretária. “Quem falou que ela sai? Você acredita na imprensa? Eu não acredito”, disse, ao ser questionado sobre a situação. “Eu queria que ela estivesse em Brasília para conversar mais com ela. Só isso. Mais nada. Eu sou também apaixonado pela namoradinha do Brasil.”
FRITURA – Na última semana, com o aval de Jair Bolsonaro, aliados do presidente deram início a um processo de fritura de Regina Duarte, com o objetivo de fazer com que ela peça demissão do cargo de secretária especial da Cultura antes mesmo de ter completado dois meses na função.
Regina também tem sido vítima de fogo amigo de membros da secretaria que permaneceram da gestão passada e que, na avaliação deles, não têm sido prestigiados por ela até o momento.
Integrantes do governo e do setor cultural que apoiaram a escolha da atriz para o cargo disseram ainda, sob condição de anonimato, que a atuação de Regina vem sendo decepcionante. A atriz tomou posse no dia 4 de março, depois de uma longa negociação com a TV Globo, que pôs fim a um contrato de mais de cinco décadas. Ela havia aceitado a proposta para integrar a equipe de Bolsonaro no fim de janeiro, substituindo Roberto Alvim, demitido depois de fazer um vídeo em que parafraseava o discurso de um ministro da Alemanha nazista.
Fonte: O Tempo
MAZOLA
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