Por Rodrigo Rocha –
Me corrijam os bem mais cripto-iniciados e ainda os muito mais matematicamente preparados na dinâmica da economia colaborativa.
Esse tipo de moeda-token como o HECTO – onde 1 hectare produtivo é o lote-padrão garantidor, parece que muda toda a dinâmica de fluxos financeiros e de capitais como vemos hoje. Uma guinada sensível, quem sabe capaz de dar adeus ao severo controle imposto pelos fundos tradicionais suíços, de NY, Londres ou outras bancas que dão a exasperante sensação de escassez que não deveria ser habitual, à medida em que as relações de troca, valor de uso ou trabalho ficam mais claras e próximas de um entendimento justo.
Vamos supor que um empreendedor, proprietário ou assentado disponham de 1 hectare de terra cultivável ou com subsolo rico em minérios. Então, eles têm “dinheiro na mão!”, bastando que o token tenha um sistema de paridades de câmbio e tecnologia de registro deste lastro de produção gravado em cartórios de imóveis ou por meros acordos formalizados, e estes apontamentos, fiquem escriturados em um token representativo da promessa de entrega futura da produção, cuja performance é garantida por uma plataforma organizada, interveniente desta operação.
Por que se precisaria neste cenário mais integrado em economia viva, de bancas financeiras frias, se o que importa para um comprador dos produtos, é a certeza de que terá a sua entrega garantida, com qualidade?
O grande mitigador de risco é o acompanhamento periódico das fases de produção em andamento de cada área investida, efetivamente executável a qualquer tempo, até se performar entregas comprometidas no token.
### NOTA DO EDITOR: Excelente solução. Basta de bancas financeiras frias internacionais, economia colaborativa é o caminho que precisamos estabelecer para um cenário mais rentável, seguro e benéfico para todos os envolvidos na cadeia produtiva, o consumidor agradece, o Brasil merece! (Daniel Mazola)
Leia também: Moeda digital pretende integrar investidores com os empreendedores rurais do Brasil (Tribuna da Imprensa Livre)
RODRIGO ROCHA é diretor executivo da Videira Invest Empreendimentos e coordenador da editoria de economia do jornal Tribuna da Imprensa Livre. O objetivo da Videira Invest é construir planos de negócios e promover parcerias estratégicas que viabilizem operações agropecuárias e atividades pesqueiras sustentáveis. Desenvolvendo plataformas eletrônicas focadas em soluções financeiras e operacionais para o Agronegócio Sustentável, priorizando o financiamento de negócios direta e indiretamente vinculados à produção de alimentos, ao desenvolvimento de Arranjos Produtivos e à infraestrutura rural.
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