Por Miranda Sá –
É emocionante o vídeo postado pela “Sexteto 4 Patas” como epitáfio pela morte do cachorro Joca, o Golden Retriever de 5 anos que faleceu durante um transporte aéreo pela irresponsabilidade da empresa Gollog, da Gol.
O grupo ‘Sexteto de 4 Patas’ é de Fortaleza e composto por 10 animais: um poodle, cinco golden retrievers, três gatos e um cachorro sem raça definida. Solidários com Joca fazem um protesto pelo tratamento dado aos animais de estimação que acompanham seus tutores em viagens.
Justiça por Joca! A página "Sexteto 4 patas" publicou um vídeo emocionante para cobrar que a empresa Gollog, da Gol, se responsabilize pela morte do cachorro. Joca, um cão de 5 anos, perdeu a vida por uma "falha operacional" no transporte aéreo da companhia. O Golden Retriever… pic.twitter.com/tJcLv2hPg2
— Hugo Gloss (@HugoGloss) April 24, 2024
Foi ótima esta participação dos Pets, mais sentida e mais honesta do que a imunda politização do caso pelos conhecidos perfis de ocupantes do poder. Dos ministros togados do STF, passando por parlamentares e ecoando com a primeira dama, Janja da Silva e ministros subalternos.
Cobradas as providências apressou-se o ministro Silvio Costa Filho dos Portos e Aeroportos, cobrando da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a instauração de um processo administrativo para apurar a falha do transporte aéreo.
No rabo do foguete midiático, como não poderia deixar de ser, achegaram-se a esta performance conhecidas figuras da oposição entre as quais os filhos 01, 02, 03 e 04 de Bolsonaro que não perdem oportunidade de acender a fogueira da polarização.
A evocação do triste episódio teve um desfile de oradores nas duas câmaras do Congresso e consternados sermões de padres católicos e pastores protestantes. Não foi notícia a participação da extremamente evangélica Michele Bolsonaro.
Estas manifestações em nome dos princípios religiosos, porém, não exaltaram o santo Pobrezinho de Assis, Francisco – o padroeiro dos animais. Fica claro que também não citariam o profeta Maomé, encoberto pelas discriminações ao islamismo tão condenado quanto o judaísmo sofrendo ambos o desprezo dos amorosos cristãos de fancaria….
A trivialidade dos políticos e religiosos brasileiros e a ignorância geral não lhes permite tomar conhecimento do que passa em outras culturas e possivelmente não tomaram conhecimento do Velho Testamento que ao mesmo em que exalta “animais que vivem na terra e são comestíveis, e hostiliza os que tem casco fendido e dividido em duas unhas e que rumina”.
Quanto a Maomé já escrevi outro dia uma passagem que ouvi muitos anos atrás e conta que o Profeta estava em meditação e um gato se enroscou na manga de sua túnica e dormiu profundamente. Chegada a hora de ir à Mesquita Maomé cortou a manga com uma tesoura para não o acordar; como o gato pareceu sorrir-lhe, acariciou sua cabeça com a mão e concedeu-lhe o privilégio de somente cair sobre as próprias patas…”
Além do benefício sobrenatural dado aos felinos, há outra lenda sobre Maomé que conquista a simpatia de quem ama os animais. Ressalta que ele amava realmente os animais e estes lhe retribuíam com amor: “um dia Maomé tirou cuidadosamente uma aranha que caíra num pote de mel. Lavou e lhe colocou numa folha de parreira ao sol para que secasse.
“Certa vez, tendo o Profeta que fugir dos seus inimigos entrou numa caverna, onde as aranhas trabalharam estendendo teias sobre a entrada. Os perseguidores entraram em todas as cavernas, mas passando por esta, passaram direto pois o tecido brilhando ao sol denunciariam se ali ele houvesse entrado.”
A gratidão dos animais é marcante. Muito diferente do comportamento de certos animais humanos que desprezam seus irmãos mesmo com os ouvidos engravidados pelas parábolas que pregam o amor ao próximo.
Assim se viu no silêncio absoluto dos políticos e religiosos no caso do pré-adolescente autista que sofria constantes bullyings, numa violência crescente que ocasionou a sua morte. Este episódio ocorreu na Escola Estadual “Júlio Pardo Couto”, em Praia Grande, litoral paulista.
MIRANDA SÁ – Jornalista profissional, blogueiro, colunista e diretor executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril, as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã; Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo. mirandasa@uol.com.br
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