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Don’t cry for me Argentina (Nâo chore por mim, Argentina). Quem sabe, agora. Evita chora, em seu túmulo – por José Macedo
Buenos Aires, Argentina. (Divulgação)
Colunistas, Internacional, Política

Don’t cry for me Argentina (Nâo chore por mim, Argentina). Quem sabe, agora. Evita chora, em seu túmulo – por José Macedo

Por José Macedo

A direita fascista e mundial está reunida em Buenos Aires, fazendo-a sua capital.

No momento, encontra-se alegre. Motivo: A Argentina será governada por um ultradireitista, que se autodefine “anarcocapitalista”.

Há quem afirme ser ele um “maluco”, imita o Trump, Bolsonaro e o Húngaro Ordobán, vis-à-vis, suas esquisitices e distópicas promessas, feitas, no curso da campanha eleitoral.

Podemos dizer que, suas ideias ou, promessas de campanha são utópicas, sonho de uma direita que, na verdade, ganha eleições fazendo acrobacias mentais, construindo suas fantasias, com gestos,  imagens, bizarrices e mentiras, consegue, assim, chamar a atenção de legiões de eleitores, desesperados, descrentes de políticos tradicionais.

A vitória de Javier Milei é o corolário de cultivo do ódio e, a negação da crença de que, o povo argentino é politizado.

Esses atuais eleitos da direita são de confessos antipoliticos, outsiders, dizendo-se diferentes e avessos ao stabilshement, o que é uma farsa.

No Nordeste, existe um pássaro, mau agourento, de nome acauã, quando canta, geralmente, à tardinha, é sinal de que, a seca será assustadura.

Torço para que, Javier Milei nâo seja uma ave de rapina, agourenta para o futuro de seu povo, que vive profundas crises.

Viu-se o povo argentino, desiludido, com inflação galopante, de 143%, desemprego e 40% da população, vivendo sob a linha da pobreza (dados oficiais), transforma-se em presa fácil e partícipe dessa aventura ultraliberal.

Assim é que, Milei promete liberdade total, um Estado mínimo, sendo o mercado o grande regulador.

Trata-se do fetichismo estatal como prejudicial. Suas primeiras ações serão: extinguir o Banco Central (BACEN) e dolarizar a economia. Não tive a intenção de trazer argumentos para um debate das promessas ultra liberais, extremas, acima do próprio velho liberalismo, Adam Smith, Stuart Mill, do Friedrich Hayek ou do Milton Friedman e, o mercado com sua milagrosa mão invisível.

Pergunto: Alguém imagina, no Século XXI, em um mundo, reconhecidamente, monetizado, uma economia sovreviver, sem um Banco Central, sem que haja regulação, a mercê do mercado, subordinada à lei, da oferta e e da procura? No mundo, poucas economias, diga-se, pequenas e insignificantes economias renunciaram a instituição Banco Central, o Banco dos bancos, como Malta e meia dúzia de países da África.

O Panamá dolarizou a economia,  consequentemente, declinou de sua soberania e respeito, diante do resto do mundo.

A Argentina, em sua profunda crise, não dispõe de reservas cambiais, nâo possui dólares suficientes e quer dolarizar-se? Como?

Vamos voltar à crise de 2007/2008, os USA foram obrigados a injetar bilhões de dólares na economia, por falha na ausência de regulação.

“Cachorro que late não morde”, mas assusta e obriga seu dono a decisões erradas.

A direita fascista reune-se em Buenos Aires, ri, faz barulho, sem dúvida, é uma preocupação para a América Latina.

Eu aprendi, muito cedo: “cachorro que late não morde”. Contudo, aprendi, também, que, o cachorro que tem raiva (doença), silencia, e é traidor.

A partir de hoje, dia 11 de dezembro, a Argentina será governada por um ultradireitista, que se autodefine “anarcocapitalista⁷. Há quem afirme ser ele “maluco”,  considerando suas distópicas promessas, feitas, no curso sa campanha.

Poderia dizer que, suas ideias ou, promessas de campanha são utópicas, sonho de uma direita, que, na verdade, ganha eleições fazendo acrobacias, construindo suas fantasias, nos gestos e na imagem, bizarrices e mentiras.

Nesse contexto, não me engano, a direita reergue-se, consegue chamar a atenção de legiões de eleitores, estes, desiludidos dos políticos tradicionais, atendem ao chamado desses outsiders, dizrendo-se diferentes e avessos à politica.

O ódio é a grande marca desse tempo, uma era que renasce e não sabemos seu meio e fim.

No Sertão sa Bahia existe uma ave agourenta, de nome acauã, quando canta do alto das campinas, é sinal de que, a seca no Sertão será assustadora.

Javier Milei, governará a Argentina, por 4 anos.

O povo argentino, desiludido, há dezenas de anos, acometido por sucessivos insucessos, inflação galopante, de 143%, desemprego, de 40% da população vivendo na pobreza (dados oficiais), torna-se presa fácil e  assistente dessa aventura da direita, que, jamais deu certo. Milei, um economista ultrallberal, promete liberdade, desregulando a economia, privatizando-a, totalmente.

Ao povo, diz que, o Estado será mínimo e, o mercado é seu grande regulador, afastando a figura do Estado, valorizando a iniciativa privada, panaceia de todos os problemas.

Trata-se de um fetichismo estatal, como prejudicial, na cabeça dele.

Suas primeiras ações: extinguir o Banco Central (BACEN) e dolarizar a economia.

Não tive a intenção de debater, com profundidade, as promessas ultra liberais e extremadas, acima até, do velho liberalismo, que a direita tenta, a qualquer custo, reanimá-lo em seu extremo.

Adam Smith, Stuart Mill ou Friedrich Hayek, Milton Friedman, entre outros, são defensores do mercado e de sua milagrosa mão invisível, não viram sua teoria liberal (liberalismo) dar certo.

Pergunto: Alguém imagina, no Século XXI, em um mundo, reconhecidamente, financista e monetizado, numa economia diversificada, com fortes demandas sociais e até, sindicalizadas, sovreviver sem um Banco Central, esse importante controlador e criador da moeda, sem regulação, sem intervenção do Estado, sem a égide de uma Constituição, que indique as atribuições e divisão dos poderes, com harmonia e independência, entregue à força do mercado, às leis, da oferta e a da procura?

No mundo, poucas economias, diga-se, pequenas e insignificantes renunciaram da existência de um Banco Central. Lembro-me de Malta e de meia dúzia de países da África.

O Panamá dolarizou a economia, porém declinou de sua soberania e respeito, diante do resto do mundo.

A Argentina, em profunda crise, não dispõe de reservas cambiais, nâo possui dólares e quer dolarizar-se? Como?

Vamos revisitar a crise de 2007/2008, a bolha imobiliária e as hopotecas, os USA foram obrigados, sob pena de quebradeira geral, a injetar bilhões de dólares na economia, cuja diagnóstico apontou a ausência de regulação.

“Cachorro que late não morde”, mas assusta e obriga seus donos a tomarem decisões erradas, abandoná-lo ou até, sacrificá-lo.

JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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