Por Vivaldo Barbosa –
A privatização da Eletrobrás foi uma das páginas mais escabrosas da vida brasileira.
O presidente Lula desde a campanha a denunciou como “maracutaia e crime de lesa-pátria”.
O mesmo grupo econômico que fez a bandalheira das Americanas comprou pequena parte da Eletrobrás, mas ficou com o controle, deitando mão em um imenso patrimônio e enormes recursos financeiros.
O Governo Federal ficou com 42% e proibido de nomear os diretores e de tomar qualquer decisão, pois esta participação só conta como 10% na hora das decisões.
Se o governo quiser recomprar as ações para ficar com maioria e controle terá de pagar o dobro do valor que vendeu. Total ilegalidade e inconstitucionalidade.
A energia é questão central na vida das pessoas, das casas às fábricas, e estratégica na existência das nações.
Um país só tem soberania e só fica de pé se dominar a produção de energia.
Um país somente avança em sua industrialização e em seu desenvolvimento se tiver capacidade de fornecer energia para alimentar sua economia.
A Eletrobrás foi concebida pelo presidente Getúlio Vargas, que enviou projeto de sua criação ao Congresso Nacional.
Ficou barrada por anos, até que o Presidente João Goulart a implantou. Até mesmo no regime militar a expandiram e a levaram para muitos pontos do País.
Esta foi a visão estratégica do Trabalhismo com Getúlio Vargas e João Goulart.
Os grandes países adotaram a mesma estratégia de dominar a energia para manter sua soberania e impulsionar sua economia.
Basta vermos os casos dos Estados Unidos, cujo governo dominou seu setor elétrico, e da França, que privatizou sua empresa de energia, viu a mancada que deu e voltou a estatizar.
Vemos, agora, na guerra da Ucrânia, como energia é vital para os povos, os países se conscientizaram da necessidade do domínio da sua energia.
Privatizada, os novos dirigentes iniciam processo de demissão para anular os quadros técnicos da empresa.
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Sem pessoal treinado e competente, o Brasil perde a condição de controlar e dominar o setor energético, diminui sua capacidade de ser soberano e perde as condições de definir sua política energética para atender ao povo brasileiro e promover seu desenvolvimento e industrialização de forma autônoma.
Deitaram a mão nos recursos dos fundos de pensão pelo apetite financeiro e para romper a solidariedade que surge na seguridade social em torno de setor estratégico para a nação. Os interesses dos trabalhadores e do povo se entrelaçam com os interesses da República.
Agora, veio o apagão para demonstrar o quanto é danoso para um país se seu governo não tem domínio nem controle do setor elétrico.
Em virtude da maracutaia feita, dos danos aos interesses do Brasil e agora diante do apagão, o Governo Federal deve desapropriar as ações deste grupo das Americanas e assumir o controle da Eletrobrás.
Só assim o Brasil retomará sua autonomia e soberania.
Brizola desapropriou os setores de energia e telefonia no RGS e João Goulart desapropriou a telefonia no Brasil, fundou a Embratel e fez surgir a Telebrás.
Para salvar o Brasil, defender nossa economia e assegurar nosso desenvolvimento.
A República assim o exige.
VIVALDO BARBOSA é do Movimento O Trabalhismo. Integra o Comitê BrizoLula, no Rio de Janeiro. Foi deputado federal Constituinte e secretário da Justiça do governo Leonel Brizola, no RJ. É advogado e professor aposentado da UNIRIO.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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