Redação –
General teve 78 encontros oficiais; o 2º, Guedes, 62. Recém-chegada, Flávia Arruda sobe no ranking.
De saída da Casa Civil, o atual responsável pela articulação do Planalto com o Congresso e pela coordenação do governo Bolsonaro, Luiz Eduardo Ramos, foi quem mais teve reuniões oficiais com o presidente Jair Bolsonaro em 2021.
Desde o início do ano até 15 de julho, o ministro se reuniu ao menos 78 vezes com Bolsonaro, de acordo com levantamento feito pelo Poder360 baseado na agenda pública da Presidência da República.
Alvo de nova reforma ministerial, o general deverá sair do comando da pasta para dar lugar a Ciro Nogueira (PP-PI), visto hoje como um dos senadores mais fiéis ao Palácio do Planalto. A principal função do congressista será dar uma feição mais de articulação do que de coordenação à Casa Civil.
Até 29 de março, Ramos era ministro da Secretaria de Governo e depois, em uma dança das cadeiras que mudou 6 cargos na Esplanada, assumiu a pasta que agora deve deixar. Nos 3 primeiros meses do ano, enquanto ainda estava como chefe da Secretaria de Governo, teve 25 encontros oficiais com Bolsonaro.
Os outros 2 ministros mais constantes na agenda do presidente são Paulo Guedes (Economia), com 62 encontros neste ano, e Braga Netto (Defesa), com 54.
Em março, com a reforma ministerial, Braga Netto saiu da Casa Civil e foi para a Defesa. Com a mudança, o militar foi o que mais perdeu espaço no gabinete do presidente. Como titular da Defesa, teve apenas 17 reuniões com Bolsonaro.
Eis a relação do número de encontros oficiais que Bolsonaro teve neste ano com seus ministros:
Da equipe ministerial, a integrante que menos teve espaço na agenda do presidente foi a ministra Tereza Cristina (Agricultura). Foram 12 reuniões em pouco mais de 6 meses. Apesar disso, a ministra costuma comparecer em viagens com Bolsonaro para a entrega de títulos de terra e demais compromissos ligados ao agronegócio.
Vale ressaltar que o levantamento feito pelo Poder360 não considera viagens feitas pelo presidente, mas apenas a relação de encontros oficiais contidos nas agendas divulgadas pelo Palácio do Planalto.
ARTICULAÇÃO
Empossada em abril, a ministra Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, já é uma das mais constantes na rotina de Bolsonaro. Desde o início da CPI da Covid no Senado, quando intensificou compromissos com o presidente e congressistas, ela só fica atrás de Ramos e Guedes.
No mesmo período, quem mais perdeu espaço na agenda presidencial foi o general Braga Netto. Ele assumiu o Ministério da Defesa na última reforma ministerial implementada pelo presidente, em março. Substituiu o general Fernando Azevedo, que pediu demissão.
Na 2ª feira (19.jul), em seu primeiro dia após a internação, Bolsonaro não tinha agenda oficial prevista. Ele deixou a residência oficial, no entanto, para despachar no Palácio do Planalto. Em conversa com apoiadores, citou estar sem compromissos oficiais previstos: “Vou perturbar ministro hoje. Ligar, vou lá no ministério. Igual oficial no quartel, fica visitando os postos ali”, disse em tom de brincadeira.
TROCAS E FAÍSCAS
Um dos auxiliares mais próximos do presidente, como aponta o levantamento feito pelo Poder360, Ramos protagonizou conflitos internos no governo.
Alguns dos que enfrentaram o general da reserva não continuaram no cargo, como foi o caso dos agora ex-ministros Marcelo Álvaro Antônio, do Turismo, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente. O ex-titular do Meio Ambiente chegou a chamar Ramos de “maria fofoca” em outubro do ano passado.
Desta vez, contudo, Bolsonaro ouviu sugestões de trocas tanto de políticos do Centrão –grupo do qual Ciro Nogueira é um dos expoentes– como de Fábio Faria, ministro das Comunicações e um dos mais ativos articuladores políticos do presidente.
Contou na decisão de Bolsonaro o juízo do presidente da Câmara, Arthur Lira, que há muito tempo criticava tanto a atuação de Ramos como a de Onyx.
Na 3ª feira (20.jul), a decisão de nova mudança ministerial foi tomada num encontro com Bolsonaro do qual participaram, de maneira às vezes alternada, Fábio Faria, Onyx Lorenzoni, Luiz Eduardo Ramos, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Paulo Guedes (Economia). Atuou também ativamente no processo José Vicente Santini, que é secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República.
Na 3ª feira (20.jul), Bolsonaro afirmou que interfere nos ministérios quando identifica algum problema. O presidente costuma repetir que teve “liberdade” para escolher sua equipe ministerial.
“Os ministros foram escolhidos com critério de competência e cada um faz a sua parte. Eu interfiro sim em cada ministério quando vejo que algo não está indo bem até por desconhecimento do próprio ministro”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Disse, também nessa 4ª feira, que seu governo passa por uma fase de “dificuldade com parte da grande mídia” e com a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, mas que o “plano é continuar trabalhando”.
Fonte: Poder360
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MAZOLA
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Essa é a republiqueta que foi imposta aos brasileiros em 1889 pelos militares.
Cabe a eles resolver o mal que fizeram ao Brasil.
Ao povo brasileiro a situação atual mostra que irá continuar a ser um escravo tributário.