Redação

Novamente preso, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) teve 4 pedidos de asilo diplomático recusados. A defesa do deputado não revela a quais embaixadas foram endereçadas as solicitações, mas diz que 3 foram para países europeus e 1 para representação de país asiático.

As recusas ocorreram devido ao fato de os países não serem signatários da Carta de Caracas, o que inviabiliza a concessão de asilo. Advogados do deputado também descartam, por ora, pedir asilo a embaixadas de outros países, afirmando que a medida poderia causar conflitos diplomáticos.

O asilo diplomático é concedido para casos de perseguição. Se aceito, o asilado vai para a embaixada ou consulado do país concedente.

Nova prisão
O deputado foi preso novamente, em 24 de junho, por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) acatado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Depois de ser detido, ele foi encaminhado ao IML (Instituto Médico-Legal) para a realização de exames.

Segundo pedido da PGR, Silveira, que estava em prisão domiciliar, violou 36 vezes as regras de uso da tornozeleira eletrônica, ficando até 5 horas sem emitir qualquer sinal para a Polícia Federal, como determinou a Justiça.

Conselho de Ética
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, em 29 de junho, por 13 votos a 3, a suspensão do deputado do mandato. O deputado carioca foi acusado de filmar, ilegalmente, uma reunião da sigla dentro do prédio da Câmara, no ano passado.

A representação partiu do próprio partido. Relator do caso, o deputado Alexandre Leite (DEM-SP) indicou que o deputado fluminense não colaborou com as investigações, reconheceu ter gravado a reunião e apresentou 3 versões distintas para o mesmo fato.

“Ainda que nós admitamos qualquer uma dessas [versões] como verdadeira, ele incorreu em mentira. Qualquer tese que acatemos aqui do Daniel Silveira, ao menos 2 dessas serão mentirosas”, concluiu o deputado, que desde dezembro do ano passado se debruça sobre o caso.

Esta, no entanto, não é a única questão a ser enfrentada pelo deputado no Conselho de Ética. O colegiado deve ainda analisar outras duas representações contra Silveira, pela participação dele em manifestações antidemocráticas.


Fonte: DIAP