Redação

A partir de agosto, a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado passará a ter a ajuda de uma equipe técnica disponibilizada pela CPMI das Fake News para aprofundar a investigação na área da disseminação de notícias falsas sobre o novo coronavírus. A cooperação é fruto de um acerto entre os relatores dos colegiados, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e a deputada Lídice da Mata (PSB-BA).

A intenção é que haja colaboração para identificar uma verdadeira rede de desinformação que atua espalhando notícias falsas sobre a eficácia das vacinas contra o coronavírus, tratamentos precoces inexistentes e mensagens que confundem e podem custar a vida de brasileiros e brasileiras”, afirmou a congressista em nota a jornalistas.

Antes disso, Calheiros já havia pedido o compartilhamento de dados da CPMI das Fake News. Para Lídice da Mata, o material será “determinante” no cruzamento de informações para identificar autores de desinformação sobre a covid-19.

Estaremos juntos atuando em várias frentes, entre elas o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no combate aos grupos criminosos organizados que lucram com fake news”, disse a deputada.

Em outra frente, documentos que mostram a ação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em páginas de ataques a adversários do governo também foram entregues à CPI da Covid. O material foi recolhido em processo dos deputados federais Joice Hasselman (PSL-SP), Junior Bozzella (PSL-SP) e Julian Lemos (PSL-PB) em que eles se dizem vítimas desses grupos.

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“A palavra de ordem hoje é se aprofundar nas investigações”, diz Aziz

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta 3ª feira (20.jul.2021) que a “palavra de ordem hoje” para a comissão é a de “se aprofundar nas investigações, fazer ligações entre empresas e pessoas e servidores”. Segundo ele, o objetivo é não cometer injustiças.

“A palavra de ordem hoje é se aprofundar nas investigações, fazer ligações ente empresas, pessoas e servidores para que a gente não cometa injustiças e não saia falando uma coisa que depois a gente não consiga provar”.

Segundo Aziz o objetivo da CPI sempre “foi um trabalho técnico, e não politico”. 

“Com certeza iremos chegar a conclusões que a população brasileira quer saber. Ela quer saber porque que não compramos as vacinas e porque chegamos a um número acima de 540 mil mortos pela covid no Brasil”, disse.

As declarações foram feitas em vídeo publicado por Aziz nas redes sociais. Na manhã desta 3ª feira (20.jul), senadores que compõem a comissão e a equipe técnica realizaram uma reunião.

No vídeo, Aziz fez um balanço sobre o trabalho do colegiado após quase 3 meses de investigação. A CPI foi aberta em 27 de abril para apurar ações do governo federal e o uso de recursos da União por Estados e municípios no enfrentamento da pandemia.

Assista ao vídeo (1min25seg):

Durante as duas semanas de recesso do Congresso, a CPI vai trabalhar dividida em grupos temáticos. De acordo com o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entre os dias 26 e 29 [de julho], deve ter uma reunião de senadoras, senadores e da direção da CPI com juristas para organizarem “o lastro jurídico e constitucional necessário para o relatório da comissão”.

Fonte: Poder360


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