Redação –
Pelo menos cinco produtores de petróleo do Brasil, incluindo empresas e a estatal Petrobrás, comunicaram infecções por COVID-19 entre trabalhadores offshore nas últimas semanas, disseram fontes da indústria e do governo à Reuters na terça-feira.
A Petrobrás e a Enauta Participações, assim como a Shell, Equinor e Perenco, registraram casos de infecções por coronavírus entre trabalhadores ou contratados que compartilham áreas confinadas em plataformas de petróleo offshore.
Ao mesmo tempo, o Brasil superou a Rússia na semana passada para se tornar o país com o segundo maior número de infecções por COVID-19, atrás dos Estados Unidos. Os EUA passaram a proibir a partir de terça-feira a viagem de estrangeiros do Brasil para os Estados Unidos em um movimento temporário para impedir a propagação do COVID-19.
De acordo com fontes e dados de órgãos reguladores compilados pela Reuters, a norueguesa Equinor teve cerca de 60 casos de coronavírus na semana passada, a maioria no campo petrolífero de Peregrino; Perenco teve 40 casos, enquanto a Petrobrás tinha mais de 300 trabalhadores entre funcionários e contratados com COVID -19.
Shell e Enauta tiveram um caso de coronavírus cada, disseram as duas empresas à Reuters.
A Petrobrás diz que está tomando a temperatura de todas as pessoas ao embarcar em unidades offshore e adotou o teletrabalho o máximo possível.
A pandemia de coronavírus fora de controle no Brasil pode esmagar sua indústria de petróleo, dizem analistas. Além da saúde dos trabalhadores offshore, o setor de petróleo do Brasil está ameaçado pelos baixos preços do petróleo e pela desaceleração econômica no país e no mundo. Por ser estatal, os ratings da Petrobrás estão intimamente relacionados ao rating de crédito do Brasil.
Fonte: AEPET
