Por Wilson de Carvalho

Prorrogações adiadas, agora, para maio. E em maio, com certeza, segundo especialistas, para junho e assim sucessivamente, pois as mortes não param, inclusive do corpo médico, reduzindo o número de profissionais, conforme acontece, em especial, na Itália e Espanha.

Em um dos maiores cemitérios do país, no Caju, mais sepulturas verticais, que ocupam menos espaço, estão sendo construídas, Além disso, obras também de ampliação do crematório, onde a média diária de atendimento subiu de cinco para 12 e tem previsão para 60 ou mais. Fé em Deus, mente e palavras positivas. E em casa.

ENTREVISTAS

“Só vão tomar realmente providências quando rostos conhecidos serem maioria das vítimas”, disse uma mãe humilde, há uns dias, no RJ-1 da TV Globo, desesperada com o péssimo atendimento no Hospital Federal de Bonsucesso. Outra mãe, também humilde, quase chorando, falou do pai falecido por falta de atendimento adequado.

Nas entrevistas, tudo maravilhoso, tantos leitos, tantos equipamentos, mais médicos, etc, etc. O mesmo linguajar habitual dos nossos governantes, salvo raríssimas exceções, mentindo ou atribuindo a culpa dos erros ao adversário político. Mas e daí se eles são atendidos em hospitais de excelência e com despesas pagas com o nosso dinheiro? Nem com uma pandemia que parou o planeta, esse país não muda? Acorda, sociedade.

FOME

Com estômago vazio, Srs. presidente e ministro da economia, o cérebro perde o comando. Em entrevista na Band, um morador de favela do Rio, falou de mães sem mais nada para comer. Importante ressaltar que não se trata de fake news.

Os senhores sabiam também que o cartel dos supermercados continua aumentando preços e com propaganda enganosa? E, para confundir, com “promoções” tipo R$9,99, 8.88, 7,99, 17,89, 23,79? Beneficiados pela omissão da grande mídia que não quer perder o faturamento com a publicidade? Acorda, elitista Paulo Guedes.


WILSON DE CARVALHO – Jornalista e escritor, colunista do Jornal Tribuna da Imprensa Livre, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Três livros publicados, cobertura de cinco Copas do Mundo, campeão de prêmios de reportagens esportivas no Estado do Rio, nos anos 80 e 90. Entre os grandes jornais, só não trabalhou em O Globo. Um dos principais ícones da crônica esportiva e do Jornal dos Sports e O Dia, veículos onde ganhou a maioria dos prêmios, entre eles, duas Bolas de Ouro, e em inúmeras séries de reportagem, tais como “Máfia da Loteria”;  “Roubo da Jules Rimet”; “No futebol não tem mais ninguém bobo” e “Pelé não teme o dia em que deixar de reinar e voltar a ser Edson”.