Por Sérgio Cabral Filho –
O governo de Netanyahu deve ser freado imediatamente. O mundo não pode tolerar tantas mortes de civis inocentes.
Israel reagiu a uma barbárie cometida pelo Hamas. Cruel e desumano, o ataque ao território israelense com a morte de mais de mil inocentes crianças, jovens, idosos e adultos chocou o mundo.
Daqui dessa coluna sempre apoiei e apoio o Estado de Israel. Assim como apoio o Estado da Palestina. Abomino os regimes autocráticos do Oriente Médio que não respeitam suas mulheres, gays e opositores aos seus governantes. Israel é uma nação democrática. Com liberdades individuais garantidas. Parlamento livre. Imprensa livre. O Hamas é o oposto disso. E os palestinos da Faixa de Gaza sofrem há anos com as barbáries do Hamas.
Entretanto, não há espaço para tolerar milhares de mortes de civis inocentes na Faixa de Gaza. Isso é covardia!! Isso é desumano!! A Organização das Nações Unidas deve convocar não só o Conselho de Segurança, mas a cúpula do G7 e os países árabes que se destacam nas negociações de paz para uma solução urgente para o drama da Palestina. O que foi feito até agora é muito pouco! O povo palestino é sufocado por organizações politicas palestinas radicais, no caso de Gaza, e por líderes políticos mais ponderados mas sem força popular, no caso da Cisjordânia. Mas o massacre diário de civis pelo governo de Netanyahu em Gaza só aumenta o ódio do povo palestino e a solidariedade dos países vizinhos e fortalece os radicais palestinos.
Netanyahu e seus aliados, assim como o Hamas e seus parceiros, se nutrem do ódio e da violência recíproca.
Essa gente tem parceiros religiosos ortodoxos que distorcem a interpretação da Torá e do Alcorão. Assim como líderes cristãos deturpam a Bíblia para fins distantes dos ensinamentos de Cristo.
O caminho da paz no Oriente Médio se faz urgente. Os interesses das nações ricas do Ocidente e do Oriente pela região tem anos contados, do ponto de vista econômico. A humanidade vai superar a dependência do petróleo em poucas décadas. Sem a pujança econômica da abundante e próspera produção do óleo, os países da região mergulharão num empobrecimento gravíssimo. A renda do petróleo sempre esteve concentrada nas mãos de poucos. De países colonizadores que até a metade do século passado exploraram a região e, depois. por oligarquias monárquicas e seus aliados. O Produto Interno Bruto desses países é dependente da produção do óleo e do gás. Assim que perder valor nas próximas décadas, o que é inexorável, as nações árabes irão colapsar.
Israel é um caso à parte de sucesso econômico e democrático em meio ao deserto real e figurado do Oriente Médio.
Não podemos permitir que Netanyahu e seus aliados ortodoxos e extremistas destruam a reputação de uma nação democrática, como Israel, por cometer um massacre bárbaro e diário de inocentes.
Basta!!
SÉRGIO CABRAL FILHO – Jornalista e Consultor Político da Tribuna da Imprensa Livre.
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