Por Bolivar Meirelles –
Muita criança morrendo. Falta de assistência. Morte! Muita morte! Lá e cá.
“Médicos sem Fronteiras” propagam sua angústia. Crianças a serem salvas com seu auxílio pessoal. Busca de compaixão…Um real por dia…Sim “faça a sua parte, nos faremos a nossa…” Terrível situação apresentada em publicidade. Várias inserções ao dia,…a noite. Capitalismo em crise…isso não é colocado. Faremos a nossa parte. Helder Câmara já dizia: “Quando combato a miséria…dizem que sou santo, quando levanto as causas da miséria me chamam de comunista”. Impressionante Helder Câmara, ninguém mais cristão que ele. Não necessitaria ir a Marx, nem a Lenin, nem a Gramsci, para questionar a miséria. Sim, grande bispo católico brasileiro! Poderia citar Pedro Calsadáliga, esse, espanhol brasileiro…para agregar mais… Mártir Luther King, evangélico e… Norteamericano. Para eles, Jesus Cristo. Para mim e, para eles também, Jesus de Nazaré como ficou conhecido o homem Jesus. Marxistas e religiosos, esses, de toda fé, religiosos de Maomé, de religiões afro descendentes ou de origem indígena…outras mais, enfim, mais outras posições de fé ou ateus. País laico, liberdade de crenças…sim, sociedade laica. Liberdade de culto. No entanto, não é nisso que desejo aprofundar este meu artigo. Sim,…toda vez que o Capitalismo entra em crise, lá vem o novo velho fascismo se apresentando como “salvador do mundo”. Guerra, necessidade de diminuir os “convivas da Santa Ceia”…quando racionalizando os processos produtivos – conhecimento, revolução científica e tecnológica, sistemas produtivos racionalizados… robotização… É,…”o cerne do problema”. Não dá,…”o pé da criança cresceu”. Corta o pé ou, sapato novo. Claro, qualquer Humano Senso do Bem, religiosos comprometidos com os seres humanos e revolucionários marxistas, democratas de todos os matizes buscarão caminhos novos, como os necessários novos sapatos para às crianças de pé crescidos.
Guerra não é a solução. A paz entre as pessoas e sociedades. Países. Universal solução. Solidariedade humana.
A exploração do trabalho humano é burra? Não, presa a matriz da exploração do Ser humano, continua sua caminhada. Como fazer? Manter a taxa de exploração!!! Mais valia… produtividade a ser, individualmente, apropriada. Mais valia relativa. Dirão os bem intencionados: “abaixo a mais valia!”, os que a contestam. Dirão os desejos de manter as regalias, pensando nos inabaláveis privilégios. Manter as taxas de exploração: lucros, sobre preços. “A ferro e fogo”. Ditaduras!… Algo novo precisa ser criado. Apelar a tudo. Algo novo, “eu sou mais cristão”…recriar o Jesus dos ricos. Liberdade de me recado. Manutenção dos lucros. Produtividade. “A ferro e fogo”. Guerras de submissão à exploração do capital. Trabalho produzindo em duas horas por dia o que produzia em oito horas. Desempregado. Contradição fatal. Realização dos lucros, da mais valia. Queda do consumo. Há! Descobrem o novo antigo. Qual a novidade? Capitalismo em crise? Rejuvenescer o fascismo. Ideia ultrapassada nova. “Até quando abusará de nossa paciência?”. Frase antiga, conflito de Cícero com Catilina. Motivos outros,…a mesma frase. Fora fascismo!
Fora, no Brasil, Jair Messias Bolsonaro! Fora o fascismo brasileiro!
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública e Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente do Conselho Executivo da Casa da América Latina.
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