Por José Macedo –
“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”. (Ernesto Che Guevara).
Neste artigo, esforço-me para abstrair-me de opiniões pessoais ou de juízo de valor.
No geral, a interpretação da história é função da visão político-ideológica de cada um e, é impossível passar “in albis”, para o intelectual e historiador ativos.
No mês de outubro, celebra-se a morte de um dos líderes da Revolução Cubana, Ernesto Che Guevara.
Neste artigo, esforço-me para abstrair-me da interpretação subjetiva de fatos, evitando o juízo de valor.
O mundo não esqueceu a data de sua morte, quando, foi executado, em 09 de outubro de 1967, na Aldeia Lá Higuera, antes, capturado na Selva boliviana.
Sua execução ocorreu por ordem do então presidente boliviano, o General Barrientos, com a participação da CIA.
O médico Ernesto Che Guevara foi, com Fidel Castro, imprescindível para o sucesso da Revolução Cubana e, consequentemente, a derrubada do ditador Fulgencio Batista, este um títere e corrupto, a serviço dos milionários americanos.
Che nasceu, em 14/06/1928, em Rosário, Argentina. Aos 2 anos, seus pais constataram ser ele asmático.
Então, a família, orientada por seu médico, vai residir em Buenos Aires, numa altitude favorável para o controle da doença do filho.
Após formar-se em medicina fez uma longa viagem por países da América Latina.
Essa viagem foi responsável por sua mudança de visão de mundo e de vida, objeto do excelente filme, “Diários de Motocicleta” uma narrativa de sucesso.
Nessa viagem, inicialmente, uma aventura, conhece, no Peru, o médico Hugo Pesce, especialista em hanseníase.
Esse médico é dirigente do Partido comunista peruano. Eles ficam amigos. Então, Che resolve especializar-se na cura de leprosos, vai clinicar em leprosários.
Sua forma de lidar com aqueles doentes é preocupante.
Ele abraçava seus pacientes e dava extrema atenção numa demonstração de humanidade e carinho.
No exercício da medicina, conhece a miséria, a pobreza e a opressão abissais, configuradas na desigualdade social e na fome.
Em seus estudos e reflexões, chega à conclusão de que a miséria latino-americana tem origem no imperialismo americano, na dependência, na dominação, subordinação e exploração econômica.
Nesse tempo, conhece Raul Castro, oportunidade em que se encontra com Fidel Castro, irmão mais velho de de Raul.
Nesse contexto, Che faz sua opção: Abandona a medicina.
Assim, desses encontros e conversas nascem afinidades políticas, motivando-o para ação revolucionária, fonte nascedoura de sua participação na Revolução cubana, pretensão e êxito: a derrubada do corrupto e ditador, Fulgencio Batista.
Che deseja ir além, objetiva disseminar a resolução, libertar povos oprimidis e dominados pelo imperialismo, va sua visão anticapitalista. Uma utopia, porém, quis testá-la.
Por isso, foi assassinado, na Bolívia, no dia 9/10/1967.
Sua inteligência, carisma, humanismo, a serviço da luta por Justiça Social, contra a exploração e contra o imperialismo são marcas desse herói latino-americano.
Trago uma curiosidade, para nós, seguidores e admiradores de Leonel Brizola: Eles foram amigos e, mutuamente, admiravam-se. Quando se conheceram ficaram conversando, durante toda noite.
Após décadas de sua morte, Che continua inspirando livros, artigos, pesquisas, bonés, camisas, filmes e debates por todo mundo.
As estatísticas revelam ser o segundo personagem mais conhecido, sendo ultrapassado, somente, por Jesus Cristo.
Entendo, sem dúvidas, esses visionários e idealistas transformam o mundo e as pessoas.
Ernesto Che Guevara foi um revolucionário, porque colocou em prática seu pensamento e visão de mundo, imolou-se por um mundo mais justo e mais igual, onde não houvesse opressão, dominação miséria e fome entre nações e pessoas.
JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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