Redação

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho 02 do presidente da República, reproduziu em tom crítico uma mensagem do ex-deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), morto no dia anterior em 1 acidente de carro.

Em postagem no Twitter neste sábado (11.jul.2020), Carlos replicou uma mensagem anterior de Sirkis, onde este chamava o presidente Jair Bolsonaro de “vírus capaz de destruir um país”, junto a uma reportagem que noticiava sua morte. “Da série: Ódio do Bem”, escreveu Carlos Bolsonaro.

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A mensagem de Alfredo Sirkis havia sido publicada em 7 de julho, dia em que Jair Bolsonaro declarou que tinha contraído o coronavírus. Na postagem, o ex-deputado dizia que na verdade o coronavírus tinha contraído o “bolsonarusvirus, muito mais perigoso que a gripezinha que já matou 65 mil brasileiros”. Também afirmou que o presidente “é um vírus capaz de destruir um país. Te cuida, corona”.

Sirkis morreu em 10 de julho, 6ª feira seguinte. A mensagem de Carlos Bolsonaro veio às 7h45 de manhã de sábado –pouco mais de 9 horas depois da notícia do portal G1 a respeito da morte de Sirkis, portanto. Seguidores de Carlos responderam a publicação citando uma suposta “lei do retorno” e que “quando se deseja o mal a alguém, o pagamento é em dobro”.

QUEM É ALFREDO SIRKIS

Alfredo Sirkis, 69 anos, foi jornalista, escritor, político, gestor ambiental e urbanístico. Cumpriu 4 mandatos como vereador, foi deputado federal, secretário de Urbanismo do Rio de Janeiro e candidato a presidente da República em 1998 pelo Partido Verde. O ex-deputado morreu em 1 acidente de carro nesta 6ª feira (10.jul.2020), em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.

Sirkis foi 1 dos pioneiros na causa da preservação ambiental e 1 dos fundadores do Partido Verde, em 1986. Ele assumiu a presidência do partido em 1991.

Participou das manifestações contra a ditadura militar (1964 – 1985), além da Passeada dos Cem Mil, ocorrida em junho de 1968. Participou de guerrilha urbana com a Vanguarda Popular Revolucionária.

Em 1971, Alfredo Sirkis se exilou no Chile, Argentina e Portugal. Retornou ao Brasil em 1979, com a Lei da Anistia.

Sua carreira jornalística conta com atuações nas revistas Isto É e Veja, além de jornais ao redor do mundo. Ganhou o Prêmio Jabuti em 1981 com o lançamento de “Os Carbonários”, em 1980. Recentemente publicou seu último livro, “Descarbonário”.


Fonte: Poder360