Redação –
Apresentamos um panorama sobre a situação do câncer de mama no Brasil, seguido de orientação acerca da importância de não permitir que o medo da doença paralise pacientes, familiares e amigos. Esses são os principais pontos que o Lions Clube do Rio de Janeiro, Mater Clube do Brasil, aborda para orientar a todas as mulheres no início da Campanha do Outubro Rosa, mês em que, no mundo todo, são promovidas ações de reforço ao controle do câncer de mama.
A forma pela qual as pessoas servem em suas comunidades e ao redor do mundo está mudando. Para abordar essas mudanças, a equipe do Mater Clube do Brasil realiza consistentes Campanhas de Prevenção do Câncer de Mama, em uma Jornada de Serviços, que vem salvando a vida de um número considerável de mulheres, em Feiras de Saúde realizadas em sábados proveitosos e bastante concorridos.
Adotamos os conceitos preconizados por Lions Clubes Internacional, identificados como Jornada de Serviço, os quais relatamos a seguir.
A primeira fase de nossa jornada é APRENDER. Fazemos com que as mulheres aprendam recursos que visam a se tratar preventivamente.
A segunda fase é DESCOBRIR. Preparamos para reconhecer os sintomas que seu corpo apresenta.
A terceira fase é AGIR. Orientamos o início do tratamento com a realização dos exames recomendados por seu médico.
A quarta fase é COMEMORAR. É para comemorar o sucesso do tratamento e a cura que salvaram a sua vida.
Embora outubro concentre a maior parte das ações, recomendam-se sejam realizadas atividades continuadas ao longo do ano e que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas do câncer de mama todos os meses.
A campanha divulgada pelo Ministério da Saúde, que está sendo executada pelo Instituto Nacional do Câncer – INCA e o Mater Clube do Brasil, reforça três pilares estratégicos no controle da doença: prevenção primária (como reduzir o risco de câncer de mama), diagnóstico precoce (divulgar sinais e sintomas da doença e incentivar a mulher a observar o próprio corpo) e mamografia (informar que para mulheres de 50 a 69 anos é recomendada a realização de uma mamografia de rastreamento- exame de rotina, a cada dois anos).
A Campanha Outubro Rosa tem como finalidade conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza mundialmente a luta contra o câncer de mama e estimula a participação social.
O câncer de mama representa 25 % de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres, sendo o mais comum entre as brasileiras, com exceção do câncer de pele não melanoma.
Conforme pesquisas recentes, estima-se para este ano 57.960 novos casos de câncer de mama no Brasil. A prevenção do câncer de mama tem como foco principal ações que visam a detecção precoce.
O câncer de mama é o desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam repetidamente de forma desordenada, até formarem um tumor maligno.
O controle da doença se baseia nas seguintes estratégias:
1- Prevenção primária com o objetivo de reduzir o risco do câncer de mama;
2- diagnóstico precoce com a divulgação dos sinais e sintomas da doença e incentivar a mulher a observar o próprio corpo, para reconhecer o que não é normal em suas mamas e, se identificadas alterações, procurarem imediatamente um Serviço de Saúde ou Clínica de Família para avaliação profissional;
3- Mamografia de rastreio, recomendada para mulheres de 50 a 69 anos, a cada 2 anos. O exame pode diagnosticar o câncer antes de surgirem os primeiros sintomas.
4- Alguns fatores estão relacionados com a doença, tais como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, história familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso (obesidade), sedentarismo e exposição à radiação.
5- Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo, indolor, pele da mama avermelhada ou parecida com a casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem surgir pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.
6- A prática de atividade física e a alimentação saudável, com a manutenção do peso corporal, estão associadas a um menor risco de desenvolver a doença. Cerca de 30 % dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a manutenção de hábitos como a prática de atividade física e alimentação saudável.
7- A mamografia é uma radiografia da mama que permite descobrir o câncer, quando o tumor ainda é bem pequeno. O Ministério da Saúde e o INCA orientam a mulher a auto palpação das mamas, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.
8- Entretanto, alguns especialistas não recomendam o autoexame das mamas como técnica a ser ensinada às mulheres para rastreamento do câncer de mama, muito embora considerem importante a postura atenta das mulheres no conhecimento do seu corpo e, no reconhecimento de alterações suspeitas, procurar um serviço de saúde o mais cedo possível. Este é o procedimento que permanece sendo importante para o diagnóstico.
9- Existem Leis sancionadas pelo Governo Federal que garantem os direitos da mulher, como por exemplo:
a Lei 11.664/2008, que dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegura a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo do útero e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS, para assegurar o atendimento às mulheres com deficiências;
a Lei 12.732/2012, que dispõe sobre o 1º tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo para seu início;
a Lei 12.802/2013, que dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia plástica reparadora da mama pela rede de Unidades integrantes do Sistema Único de Saúde- SUS, nos casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer, para dispor sobre o momento da reconstrução mamária; e
a Lei 13.362/2016, que altera a Lei 11.664/ 2008 e acrescenta o Parágrafo 2º, que diz: às mulheres com deficiências serão garantidos as condições e os equipamentos adequados que lhes assegurem o atendimento previsto no caput e no Parágrafo 1º.
Fonte: Lions Clube do Rio de Janeiro
