Por Bolivar Meirelles

Quem não respeita o semelhante… não é. Perambula pela vida.

Obtenção natural, viver, a quem nasceu. Despercebido não é mesmo que não sendo. Estorvo criado numa calada da noite. Percebida figura mesmo que não sendo. Ser não é. Apenas coisa, perambula fantasiada de Ser. Coisa “coisante”. Infame. Sim. Infame! Mil vezes infame! Maltrata o Ser vivente. Posto não Ser. Não sendo, perambula, no entanto, nos ambientes desconstruindo todos os elos humanos. Inumana criatura. As margens dos rios não lhe percebem como rio. Margens não percebem mas não existem rios sem margens. Também não existem margens sem rio. Uma plural, duas margens para cada rio. Um rio único para duas margens. Problema para os humanos perceberem o rio e as margens. As margens dos rios não são marginais. São também em outro sentido, ladeiam.

Agora o que nasceu pessoa e não se pessoalizou é marginal num sentido social.

Quem é pessoa e não percebido como tal é marginal: Ser sem ser. Vaga no mundo. Implica implicante pessoa. Desloca-se, perambula, …sem sentido…sem empatia. Passa pelo outro, pela outra. Sentido sem sentido, sem sentimento. “Não é coveiro”. Não se importa com as mortes que vê. Se é que vê… Imperceptível criatura. Sem sentido…caminha. Coisa coisificante. influencia outras coisas em forma humana. Desumanizadas figurações humanas. Pseudo criaturas. Influenciam sem ser. Inatingíveis em sentimentos. “Fui atleta”, diz um, “serei inatingível”. “Uma gripesinha essa tal de Covid 19″…”Todo mundo vai morrer…”. Destila seu ódio pelo Ser humano. Imperceptível criatura convalescente permanente da sua incurável doença, a de ter nascido em forma humana sem o ser. Imbecil criatura de forma deturpada. Parece humano sem ser um Ser. Vaga, vagante figura pela vida despercebida mas… maculadora da existência dos outros. Um dia, perto, esperamos, os humanos seres, ele vá embora para nunca mais retornar ao habitat natural dos verdadeiros.

Que a fumaça da vida transporte esse inadequado vivente para longínquas paragens dos inanimados e que, ao ir-se…”vá de vez”.


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina.


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