Redação –
O presidente Jair Bolsonaro receberá os novos presidentes da Câmara e do Senado –Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente– para tentar acertar uma agenda comum entre o Executivo e Legislativo.
Previsto para a tarde desta 3ª feira (2.fev.2021) ou para a manhã desta 4ª (3.fev), o encontro será a 1ª oportunidade pós-pleito de o governo fazer com que os eleitos sejam mais amigáveis às políticas do Planalto.
Além do encontro com Bolsonaro, Lira e Pacheco acertam uma breve reunião de trabalho com o ministro Paulo Guedes (Economia). Nesse campo, espera-se que as pautas defendidas pelo czar da Economia avancem neste ano. É o que a equipe chama internamente de “limpar a pauta”.
O governo dirá em ambas as oportunidades que Lira e Pacheco devem assumir a frente nos anúncios de medidas anticíclicas. Entre os principais compromissos vislumbrados pelo Executivo, estão a reafirmação do respeito ao teto de gastos, a ajuda aos mais necessitados e a aprovação imediata de medidas para sinalizar ao mercado que o clima mudou efetivamente.
MUDANÇAS NA ESPLANADA
Com a definição dos novos comandantes da Câmara dos Deputados e do Senado, o presidente Bolsonaro começa já nos próximos dias a escolher novos chefes para pastas de seu governo. Quer, numa fase 2.0 de seu mandato, aproximar-se do Centrão, grupo de siglas sem posicionamento ideológico definido que apoiam o governo, e potencializar a articulação política. Assim, busca ter mais condições para se blindar no Congresso.
Uma das trocas quase certas é a volta de Onyx Lorenzoni ao Palácio do Planalto. O ex-ministro da Casa Civil e atual ministro da Cidadania deverá retornar ao quadro palaciano como ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, vaga hoje ocupada interinamente por Pedro César Marques de Souza. “Acredito no trabalho dele. Eu chamo o Onyx de coringa, e ele está pronto para ir para qualquer ministério”, disse Bolsonaro no sábado (30.jan).
A chegada do demista à Secretaria Geral e a transferência do Ministério da Cidadania para um dos partidos do Centrão seria uma forma de, simultaneamente, agradar o antigo aliado de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, e fidelizar o apoio dos novos apoiadores do Planalto.
Fonte: Poder360
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