Redação

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que não tinha contato com o major reformado Ailton Barros. O ex-presidente disse que nunca concordou com construção de golpe e entendia que o aliado Ailton Barros não teria capacidade para arquitetá-lo.

Jair Bolsonaro negou tudo que pôde em seu depoimento à Polícia Federal, realizado nesta terça-feira. Segundo pessoas que acompanham caso, o ex-presidente disse que não tem conhecimento da participação do seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid no esquema de inserção de dados falsos em cartões de vacina.

DISSE O EX-PRESIDENTE – Bolsonaro afirmou ainda que não conhecia o secretário de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, que fazia as inserções dos dados falsos nos cartões de vacina a pedido de Mauro Cid.

Sobre as conversas de Ailton Barros em relação ao golpe de estado após sua derrota nas urnas para Lula, o ex-presidente disse que nunca concordou com essa construção de golpe e entendia que o ex-major aliado não teria condições de organizar um movimento militar antidemocrático.

Como informou o colunista Lauro Jardim, a PF fez 60 perguntas ao ex-presidente. Como resposta, Bolsonaro negou ciência das inserções de certificados de vacina em seu nome e no de sua filha, Laura. Afirmou também que não tinha conhecimento dos certificados falsos em nome dos seus assessores.

CASO MARIELLE – No depoimento, Bolsonaro também negou ter conhecimento sobre a troca de mensagens entre Cid e Ailton, nas quais comentam sobre quem seria o mandante do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.

O ex-vereador Marcelo Siciliano, citado por Ailton, foi um dos alvos de busca e apreensão da Operação Verine. Ele chegou a ser preso em 2019, durante a Operação Lume, que apontava a possível participação de Siciliano nos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Mas Siciliano nega as acusações, e a investigação não conseguiu colher provas contra ele.

Fonte: O Globo

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