Redação

Casa de resistência Palco Lapa 145 também é alvo de intimidação. Uns dos perfis fakes usou a foto do ator Fábio Assunção.

A ativista transexual Indianarae Siqueira sofreu ameaças de morte pela internet que se estenderam as pessoas LGBTIA + acolhidas na CasaNem – Militante presidente do Grupo Transrevolução ela também é a fundadora da Casa Nem, espaço que abriga pessoas LGBTQIA+ em situação de rua e vulnerabilidade social – ela foi acompanhada na tarde desta terça-feira (17/11), pelo corpo jurídico da Carvalho & Negreira Advogados Associados e realizou um registro de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro Rio de Janeiro. Indianarae ainda afirmou que a Casa Nem de acolhimento LGBTIA+ que já sofreu um atentado que levou a perda da Kombi usada pra transporte de pessoas e serviços da casa e também já passou por uma tentativa de invasão por pessoas armadas com arma de fogo ( denunciado na 9 DP ) foi ameaçada e que o Palco Lapa 145 onde funciona o projeto de geração de renda Kuzinha Nem Vegana também foi alvo de intimidação. (Veja os prints).

“Querem impedir nosso direito de ir e vir. Se incomodam com a nossa existência. Mas estamos aqui para ser e resistir. Intimidadores e que ameaçam nossas vidas, quem deseja a nossa morte não passarão”, diz Indianarae Siqueira.

Indianarae e Siro Darlan. (Crédito: Daniel Mazola/TIL)

Segundo o advogado Valdinan Carvalho, que acompanhou a ativista na Decradi, o caso foi registrado sob o fundamento da lei 7716/89, em seu artigo 20, após entendimento do STF, que equiparou a homofobia e a transfobia, como discriminação e preconceito tais condutas como crimes imprescritível. A lei que trata de crime de racismo em caso de descriminarão de cor e raça, agora pune os crimes contra a população LGBTQIA+.

“Acreditamos que o próximo passo da investigação será a solicitação junto ao provedor do Twitter, o login e da conta que foi bloqueada após denúncia, para identificação do IP, para assim localizar o infrator”, explica o advogado Valdinan Carvalho.

Para a advogada Paula Alves, do corpo jurídico da Carvalho & Negreira Advogados Associados, a sociedade não deve permitir que ninguém determine como o outro deve viver sua vida.

“Quando presenciamos ataques, principalmente, a instituições de acolhimento, a minorias e a vulneráveis, devemos buscar nossos direitos denunciando as pessoas que atentem contra estes direitos. Não devemos admitir, nem nos calar diante de ameaças e ataques, pois assim, mudaremos se não o pensamento deles, as leis, para tornar mais severas as punições contra estas intolerâncias e desrespeitos”, afirma advogada Paula Alves.

Devemos lembrar que o Brasil é o país onde mais se mata LGBTIA+ no mundo e esses ataques acontecem na semana do T-DOR onde o 20 de Novembro é também o dia internacional da memória trans em pra lembrar as vítimas fatais de transfobia e sendo no Brasil o dia nacional da consciência negra sendo por conseguinte travestis e transexuais negras as que mais sofrem transfobia.


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