Redação

Homens armados invadiram a Universidade de Cabul nesta 2ª feira (2.nov.2020), e 1 confronto que durou cerca de 5 horas deixou 19 mortos e 22 feridos no Afeganistão, segundo autoridades locais.

A Universidade de Cabul é a mais antiga do país e tem cerca de 17 mil alunos. No momento em que foi invadida pelos agressores, estudantes estavam em aula. Segundo o ministro do Interior do país, Masoud Andarabi, 3 agressores foram mortos.

O ataque ocorre em meio a negociações de paz entre o governo do país e o Talibã, grupo extremista islâmico, que negou qualquer ligação com o ato. A tentativa de acordo é apoiada pelos Estados Unidos, que querem retirar suas tropas do Afeganistão. Em acordo feito com o grupo em fevereiro, o país norte-americano se comprometeu a retirar tropas americanas e da Otan do Afeganistão até abril de 2021.

A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado, segundo a agência vinculada ao grupo, Amaq News. A informação não é confirmada pelo governo afegão.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afegão condenou o ataque. “O Paquistão condena veementemente o ataque estúpido na Universidade de Cabul hoje, resultando na perda de tantas vidas preciosas e ferimentos em muitas outras. Este ato de terrorismo é particularmente desprezível, pois visou uma instituição de ensino.”

Apesar de o Talibã ter negado participação no ataque, Shahussain Murtazawi, conselheiro sênior do presidente do Afeganistão, atribuiu o ato ao grupo.

  O primeiro-vice-presidente do Afeganistão, Amrullah Saleh, disse que o ataque à Universidade de Cabul foi uma falha de inteligência.

O porta-voz do presidente Ashraf Ghani, Sediq Sediqq, condenou o ataque.


Fonte: Poder360