Por Bolivar Meirelles –
Ulisses Guimarães e os constituintes não fizeram seus papéis.
Anistiaram, sob pressão, criminosos, torturadores, estupradores e assassinos dos governos militares ditatoriais do pós 1964. A Constituição vigente sob pressão do Ministro do Exército de José Sarney, o General Leônidas Pires Gonçalves não reverteu ao Serviço Ativo os militares Legalistas de 1964 que defenderam o Governo de João Goulart. Não adianta colocar na conta dos militares, apenas, o golpismo. O depoimento do governo número três de Lula explicita que, a maioria das Força Armadas, pelo Alto Comando, foi legalista no período que antecedeu e se expôs no 8 de janeiro de 2023, já no Governo três de Lula. Assumam, pois, os Civis sim, os Civis, o seu papel: punam, após nítido julgamento, os militares, inclusive generais culpados. O Comandante do Exército nesse fatídico 8 de janeiro de 2023, o General de 4 estrelas Júlio César de Arruda não pode ser esquecido. Haja mais necessidade de explícita culpa?! Exemplo excelente seria o Poder Civil se impor. O Presidente , Lula já o fez, demitiu o insubordinado Comandante do Exército que, além de nítido comprometimento com o incompetente quebra quebra, queria nomear para o comando de batalhão estratégico, em Goiânia, capital de Goiás, o insubordinado ex ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o Tenente Coronel Mauro Cid. Haja provas contundentes de um insubordinado General de quatro estrelas! Para não falar no General Heleno, golpista desde os idos de Ernesto Geisel, quando, como ajudante de ordens, do General Frota, já ajudava a dar Golpe no Ditador à época. Julguem e, se comprovada a culpa, punam, não com superficial punição de regimento militar, sim prisão de Juiz Civil, cassação de carta patente inclusive. General de Exército hoje, ex general de Exército no pós demissão calcada em assertivo julgamento. O Poder Civil tem outra chance de assumir o seu papel. Ulisses Guimarães e os constituintes dessa carta atual tiveram chance, vacilaram ou, apenas, cumpriram as suas vontades de “subservientes” aos comandos militares. Não venham, não continuem na interminável “ladainha” de imputar, apenas, aos militares sua “vocação” golpista. Até pelo fato de que no 8 de janeiro de 2023 ter ficado bem explícito de que a insubordinação de poucos militares de alta patente foi travada pela maioria legalista dos Altos Comandos das Forças Singulares: Exército, Marinha e Aeronáutica. Não venham, pois, com o cansativo argumento de que a culpa dos golpes de Estado é, fundamentalmente, dos Militares. Assumam suas culpas vacilantes membros civis dos Poderes Civis. Assim o Povo Brasileiro espera.
Essa seria a maior homenagem ao Brasil nesse primeiro ano do quebra quebra do 8 de janeiro de 2023.
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública e Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente do Conselho Executivo da Casa da América Latina.
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