Por Miranda Sá –
“Brincando de adivinhar/ Qual será o beco escuro/ Que um político vai se corromper” (Pablo Gabriel/Ribeiro Danielli)
Todos os curiosos dos jogos de adivinhar o futuro, podem até negar, mas são supersticiosos; e por temor de um castigo imanente ou de uma maldição misteriosa que poderá lhe recair, terminam vítimas de charlatães.
Não são poucos os golpes aplicados por intrujões fingindo-se médiuns ou cartomantes, iogues ou babalorixás. Usam vários meios para explorar a astrologia, augúrios, baralho cigano, búzios, interpretação dos sonhos, I-Ching, Iubaça (jogo da cebola), Opelê, Quiromancia (leitura das linhas das mãos), Tarô, Zoomancia… etc.
Uma das minhas avós interpretava situações, a pedido, estudando o café, coado, saído do fogo, ou à moda árabe, pela borra no fundo da xícara. Praticava sem o saber, a Cafeomancia, como faziam as odaliscas no império muçulmano que ocupou a Península Ibérica com os califados.
O charlatanismo nos jogos adivinhatórios não é único. Os “contos”, do bilhete premiado, do ouro de tolo e, o mais famoso de todos, o conto do vigário, chegam diariamente às páginas policiais dos jornais.
Já contei num artigo anterior, a história folclórica do Conto-do-Vigário, vinda das Minas Gerais. Conta a disputa dos vigários das paróquias do Pilar e da Conceição, em Ouro Preto, por uma imagem de Nossa Senhora. Para atender os devotos, um dos padres propôs que pusessem a imagem na cangalha de um burro que seria solto entre as duas igrejas e, para qual ele se dirigisse, ali ficaria a santa. A ideia foi aprovada e assim se deu: o animal se encaminhou para a igreja do Pilar. Descobriu-se mais tarde que o jumento pertencia ao pároco de lá; e assim nasceu o “conto-do-vigário”…
Penoso, ou melhor, revoltante, é constatarmos que o conto-do-vigário vem sendo passado à Nação Brasileira pelos políticos vigaristas que ocupam os três poderes da República, principalmente no Legislativo, com a Câmara Federal entregue a picaretas trapaceiros.
Diz o provérbio que “é comparando que se entende”. Então, comparemos o que fazem os parlamentares e os juízes togados com o trabalho que alguns ministros do governo federal vêm realizando neste primeiro ano de governo.
Por mais que a chamada “grande imprensa” omita sob o manto globalista, é inegável que o combate às drogas aumentou e a violência diminuiu. Na Economia, o desemprego caiu, os juros atingiram recorde de baixa, impostos de muitos remédios foram zerados, e se permitiu que os indígenas deixem de ser peças de museu e possam explorar as riquezas da sua terra.
Só não veem ou não querem ver isto as viúvas do lulopetismo que o combate à corrupção prejudicou. E só fazem oposição radical os corruptos e seus cúmplices, acuados, jogando as cartadas finais no Congresso e no STF.
Lula, condenado de Justiça por corrupção, esbraveja insignificâncias tentando polarizar eleitoralmente com o Governo, sabendo como pelego sindical que a consciência do povão está no bolso, por debaixo dos panos articula sabotagens contra a política econômica do ministro Paulo Guedes que estão dando certo.
O frenesi oposicionista só se amplia quando investe contra as medidas AntiCrime do ministro Sérgio Moro, porque é grande o número de corruptos parasitas da burocracia e usufrutuários de propinas. Por isso, não foi difícil adivinhar porque o juiz Napoleão Nunes Maia Filho, nomeado por Lula para o STJ, soltasse o corrupto com sobejas provas Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba.
Na realidade, não é preciso pôr as cartas na mesa para saber que o segredo da política é revelado à vista dos brasileiros honestos. Sem fraudes, o lulopetismo, uma quadrilha criminosa, tem os dias contados.
MAZOLA
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