Por Michelle Meneses –
Somos seres finitos, essa é sem sombra de dúvida a constatação que mais nos aflige nesse momento crítico da Pandemia do Coronavirus.
Ao nos depararmos com o fato de que temos um Fim, além do susto que tomamos, também pode ser a oportunidade para uma reflexão mais profunda sobre como conduzimos nossas Vidas.
Em meio ao caos, às milhares de mortes em nosso país, ao sofrimento e a falta de perspectiva quanto ao futuro, temos que lidar com a nossa própria brevidade nessa viagem chamada: Vida.
De tempos em tempos a humanidade se depara com situações de extremo perigo, provocadas por desastres naturais, guerras ou por um Vírus letal, que vem assombrar a nossa passagem pela terra!
Sim, agora é a nossa vez de vivenciar o medo e as incertezas sobre uma doença nova e pouco conhecida pela Ciência.
O Coronavirus não escolhe gênero, cor, raça, classe social, idade…pode atacar qualquer pessoa de forma branda, mas também de maneira muito cruel.
Ao longo deste primeiro ano de Pandemia,os sentimentos jorram de maneira confusa, as incertezas sobre o futuro e o medo diário de ser contaminado ou de ter uma pessoa querida doente, nos faz a todo momento questionar o sentido da vida.
Não está sendo fácil para ninguém!
Nossa sensibilidade está à flor da pele!
Somos humanos, logo não somos eternos, podemos morrer a qualquer hora. Essa sombra paira sobre nossas mentes dia e noite.
Vida e Morte.
Parece que a vida passa diante dos nossos olhos como um filme, quantos sonhos foram interrompidos? Quantos planos não foram realizados por causa desta Pandemia?
E de repente nossa vida entrou em “modo de espera”, já não temos o controle sobre o nosso futuro, pois, dependemos da decisão de outras pessoas, para que possamos vislumbrar um amanhã mais promissor.
Dependemos das Vacinas, do comportamento do outro, de auxílio emergencial, de ações efetivas do Poder público; são muitas condições para que a vida possa retornar minimamente ao seu curso normal.
Aqui no Brasil ainda temos um longo caminho a percorrer, acredito que dificilmente a vida voltará à normalidade pré pandemia, penso que um novo caminho, uma nova visão de vida deverá surgir nesse “novo normal”.
Ainda não sei bem como será esse “novo futuro “, mas cada um de nós deve ter a consciência de que, como seres finitos que somos, não podemos desperdiçar a Vida com sentimentos e atitudes mesquinhas!
Espero que de algum modo essa pandemia nos faça enxergar a vida com mais amor, responsabilidade e solidariedade.
Que as nossas atitudes na vida em comunidade sejam mais harmoniosas e respeitosas. Nossa vida é finita, mas os bons sentimentos que cultivamos ao longo da nossa existência serão lembrados por toda eternidade.
Portanto, faça valer a pena cada dia de sua viagem pela Vida.
MICHELLE MENESES – Advogada, Escritora, Mãe de 4 filhos e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
MAZOLA
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