Por Pedro do Coutto –
A Polícia Federal está investigando a origem do dinheiro que foi destinado aos que planejavam a morte do presidente Lula da Silva, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes. Os mais de 30 pendrives apreendidos com o coronel da reserva do Exército Brasileiro Flávio Botelho Pelegrino são uma das apostas da PF, no momento, para identificar pistas sobre o “pessoal do agro” referido na delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Segundo o então auxiliar de ordens de Jair Bolsonaro, os integrantes do grupo seriam os financiadores da tentativa de golpe de Estado que incluía ações sinistras e criminosas. Pelegrino foi preso no último sábado, na mesma operação que fez do candidato a vice- da chapa de Bolsonaro em 2022, Walter Braga Netto, o primeiro general de quatro estrelas preso em virtude de um inquérito policial no Brasil. Pellegrino foi assessor-chefe de Comunicação Social da Casa Civil comandada por Braga Netto.
IDENTIFICAÇÃO – Agentes da PF estão se dedicando para identificar a origem dos R$ 100 mil entregues pelo general em sacolas de vinho ao major Rafael de Oliveira para financiar a operação. Outra possível porta para as pistas está nos celulares apreendidos na operação. O que se sabe é que os conteúdos dos aparelhos apreendidos já foram extraídos e já estão sob análise dos investigadores.
Certamente, a Polícia Federal vai descobrir também o elo existente entre o responsável pela bomba que explodiu em Brasília no dia 12 de dezembro no caminho do aeroporto e os que financiaram a invasão de Brasília em 8 de janeiro de 2023. Não podem ser correntes separadas, pois o projeto era um só. Logo, uma única fonte de dinheiro jorrava para a subversão, incluindo propostas de assassinatos, o que torna a ação ainda mais incrível e exposta ao julgamento da justiça.
PLANO – As investigações avançam assim e já chegaram ao edifício em que estavam hospedados os participantes do plano de golpe que acabou não ocorrendo, mas que revela o plano comum de transformar os agentes da ordem em autores da desordem. Eles não encontraram, felizmente, apoio por parte da maioria das Forças Armadas, sobretudo do Exército e da Aeronáutica, o que isolou os que atentavam contra a democracia.
Mas as ligações estão vindo à tona, sobretudo com a prisão do general Braga Netto, o que tudo indica ser o líder do projeto de ruptura com a Constituição. Outras figuras aparecerão, no rastro inclusive do tenente-coronel Mauro Cid. A quantia envolvida é muito maior do que a revelada até agora. As pessoas que acreditavam em tal caminho não teriam nada a oferecer além do ato criminoso.
A trilha dos financiadores aparecerá e os responsáveis serão identificados e punidos.
PEDRO DO COUTTO é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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