Categorias

Tribuna da Imprensa Livre

Com Trump de volta à Casa Branca, o conservadorismo avança – por Pedro do Coutto
Republican presidential nominee former President Donald Trump brings Susie Wiles to the podium at an election night watch party Wednesday, Nov. 6, 2024, in West Palm Beach, Fla. (AP Photo/Alex Brandon)
Geral, Opinião

Com Trump de volta à Casa Branca, o conservadorismo avança – por Pedro do Coutto

Por Pedro do Coutto –

Suzie Wiles será a chefe do Gabinete de Donald Trump.Musk e sobrinho de Kennedy devem assumir cargos no governo.

A vitória de Donald Trump nas urnas para a Presidência dos Estados Unidos constitui sem dúvida um avanço do conservadorismo e uma estagnação em matéria de distribuição de renda e avanço da remuneração do trabalho humano. Além desses aspectos, que se refletem intensamente no Brasil, a presença de Trump na Casa Branca poderá criar condições concretas para uma anistia de crimes políticos por aqui, o que poderá habilitar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

São consequências de fatos políticos que têm que ser examinados com isenção, percepção dos resultados ideológicos e lógicos dos efeitos que as eleições americanas poderão produzir. A vitória de Donald Trump surpreendeu não só pela sua amplitude, mas também pelo fato de ter o presidente Lula da Silva se manifestado por Kamala Harris.

COP29 – Um fato importante que também estará em pauta após a vitória de Trump refere-se à 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) que se inicia na próxima segunda-feira, em Baku (Azerbaijão) sob a sombra do novo governo nos Estados Unidos. O pessimismo gerado pela notícia deixa ainda mais distante o principal objetivo da cúpula, que é o de chegar a uma nova meta de financiamento para os países em desenvolvimento conseguirem enfrentar e se adaptar à crise climática.

Durante a campanha, Trump prometeu não apenas que voltaria a retirar o país do Acordo de Paris sobre o Clima, como também sairia do organismo da ONU que promove essas negociações internacionais, a UNFCCC, e não cumpriria outros tratados ambientais. Assim, até os repasses americanos para o Fundo Amazônia podem estar ameaçados.

IMPACTO –  Com Trump no poder haverá um impacto muito grande nas negociações, pois os Estados Unidos são os maiores poluidores históricos do planeta, são os que mais devem nesta conta do clima e são também os que mais podem fazer nesta questão climática. Esta não é a primeira vez que a eleição americana joga um balde de água fria sobre a Cúpula do Clima.

A COP 22 de Marrakesh, no Marrocos, aconteceu logo depois da primeira vitória do bilionário, no pleito de 2016.

O panorama internacional, portanto, foi alterado, e exigirá muitas negociações para que ações previstas possam ser efetivadas.

PEDRO DO COUTTO é jornalista.

Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


PATROCÍNIO

Tribuna recomenda!

Related posts

Deixe uma resposta

Required fields are marked *