Por Antonio Veronese –

O espalhafatoso “capitão” do twitter Elon Musk, homem que acredita que o dinheiro pode tudo e está acima das “vicissitudes” de cada país, está arrumando uma briga feia ao desrespeitar as decisões judiciais que retiraram do “ar” páginas de contumazes difusores de fakes news.

O corajoso Ministro Alexandre de Moraes, centurião da democracia e do Estado de direito, não é flor que se cheire quando contrariado na sua cruzada pra salvar o Brasil da república de bananas a que estava condenado sob a desastrosa “presidência” do mito “importador” de jóias árabes…

Musk, imprudentemente, deve pensar que sua página esteja acima de todas das as exigências ético-morais, uma vez que quer assegurar aos criminosos das fake News o direito de continuar cometendo seus crimes sem serem importunados, alegando uma suposta liberdade de expressão.

Deve ser também sob a suposta defesa dessa libidinosa liberdade que seu twitter, ou X (??!!) se preferirem, publique centenas de páginas reconhecidamente pornográficas. Liberdade de expressão ou liberdade de faturamento?

Esse mundo digital globalizado, capitaneado por mega grupos financeiros sem nenhum escrúpulo e nenhum objetivo que nao seja o lucro, quer desesperadamente ditar a truculência de suas regras ao mundo todo, como se país nenhum mais existisse e abolidas fossem todas as fronteiras físicas e culturais. Mais que isso, que desprezáveis seriam a legislação e os costumes de cada povo diante do tsunami da internet.

Grupos, como esse X de Musk, só sabem obedecer a um cabresto, o das limitações ou restrições ao seu faturamento incontrolável e cupidinoso. Por isso, é preciso saudar a corajosa postura do insigne ministro que ousa colocar, na besta fera desenfreada, o cabresto da legalidade e os limites da nossa Constituição.

Ninguém tem o direito de difamar, através de publicações mentirosas e abjetas, senhor Musk!!, e o teu sorriso irônico e apetite incontrolável nao mudarão em nada a determinação do Supremo em fazer cumprir a Constituição nacional.

Contrários a ela estarão somente, como era de se esperar, a acefalia dos grupelhos radicais , os filhotes da ditadura e os adoradores do arbítrio, os vassalos do “mito” de pés de barro.

Elon Musk y Bolsonaro, el neocolonizador y el neofascista | Opinión | EL  PAÍS

Basta, senhor Musk, de alardear a defesa oportuna da “liberdade de imprensa”, (o que também defendemos com todo o fervor!), para proteger-se dos graves deslizes como o de publicar absurdidades como a recente falsa informação sobre “A morte de uma estudante por um emigrante”, prontamente desmentida pela realidade dos fatos…

Hoje, aqui na Europa, a imprensa séria em peso saúda a iniciativa do ministro Alexandre de Moraes contra a resistência de Elon Musk, o empresário fanfarrão que inventou todo um mito em torno de sua pessoa, o de um imigrante sul-africano sem um tostão, um estagiário dono de uma startup em uma pequena casa que transformou-se em bilionário pelo talento.

A verdade é que Elon Musk cresceu na África do Sul numa família rica, sendo seu pai dono de uma mina de esmeraldas que financiou todos os seus estudos. A grande ideia de Musk foi a de se propriar das ideias alheias. Sua primeira empresa, a Zip2, um diretório online para empresas, não foi fruto de sua mente “brilhante” , mas de um homem sem recursos que a vendeu o atual chefe do Twitter(X), e que depois a revendeu por mais de 300 milhões de dólares.

Resta a nós brasileiros o dever de cerrar fileiras contra esta falsa liberdade que destrói reputações e fomenta o ódio entre brasileiros. Impõe-se às pessoas de bem saudar a coragem do Ministro Alexandre de Morais na sua cruzada na defesa da democracia brasileira e no combate ao arbítrio e à truculência criminosa das fake news.

O senhor Musk resolveu enfrentar a pessoa errada. Ele não perde por esperar!

ANTONIO VERONESE – Pintor brasileiro autodidata com uma obra considerável, realizou centenas de exposições individuais, tem obras expostas em numerosos museus, coleções públicas e privadas nos Estados Unidos, Suíça, França, Japão, Chile e Brasil. Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Paris, França; Radicado na França desde 2004, antes de deixar o Brasil deu aulas de arte para menores infratores nos Institutos João Luiz Alves, Padre Severino e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e no Caje de Brasília. Utilizou a pintura como forma de reabilitação psico-pedagógica dos adolescentes entre 12 e 18 anos com a bandeira” estética é remédio!”. Alguns dos trabalhos produzidos pelos jovens foram expostos em Genebra (Suíça), no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília, e na Universidade de San Francisco, nos Estados Unidos. Em 1998, representando o Brasil no Encontro de Esposas de Chefes de Estado, cobrou da então primeira-dama, Ruth Cardoso, medidas para tirar das ruas crianças abandonadas, tendo recebido o apoio de Hilary Clinton. Pela denúncia da violência contra menores no Rio de Janeiro, que faz através de sua pintura e de engajamento constante deste 1986, Veronese foi convidado à Comissão de Direitos Humanos da ONU – em Genebra, para proferir palestra, lá causou grande indignação ao apresentar fotografias de 160 crianças, marcadas por cicatrizes massivas decorrentes da violência urbana, doméstica e policial.

www.antonioveronese.com

Antonio Veronese, Italian-Brazilian painter, lives in France since 2004. He is the author of «Save the Children», symbol of th e 50th anniversary of the United Nations, and «Just Kids» symbol of UNICEF. As well of «La Marche», exhibited in the Parliament of Brazil since 1995, and «Famine», exhibited since 1994 at the Food Agriculture Organization for United Nations (FAO) in Rome.

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