Por Alcyr Cavalcanti –
Acabou nosso Carnaval, ninguém ouve cantar canções, ninguém passa mais brincando feliz e nos corações saudades e cinzas foi o que restou. (Vinicius de Morais )
Niterói em festa. A Escola de Samba Unidos do Viradouro é a grande campeã com o enredo “Arroboboi Dangbé” em que exalta o culto ao Vodum Serpente. Vila Vintém também festeja acesso ao Grupo Especial, enquanto São Gonçalo chora a descida de Porto da Pedra para o Acesso. Clã Petrus Kalil de Turcão faz a festa.
Apuração dos desfiles das escolas de samba está sendo feita pela primeira vez na Cidade do Samba, o que causou surpresa, visto sempre ter sido feita no Sambódromo. Jorge Perlingeiro da LIESA fez declarações em que afirmou que não se renderia à vontade de Boninho, diretor da TV Globo. Alegação foi do intenso calor e do lugar ser desconfortável. O antigo sistema de apuração no Sambódromo levava torcedores das agremiações para as arquibancadas e o atual critério foi feito apenas para convidados, o que de fato promove um distanciamento cada vez maior das escolas de samba, como genuína manifestação popular. Desde o início Grande Rio, Imperatriz e Viradouro brigavam pelo título.
Depois de quinze dias de folia, debaixo de um sol de mais de 50 graus a cidade volta ao seu ritmo normal, ainda a tentar recuperar o tempo perdido pela administração desastrosa do Bispo Crivella e de três anos de pandemia. Como sempre a maior atração foi o Sambódromo, que fez 40 anos e continua a movimentar rios de dinheiro, a maior parte para a LIESA, a Liga das Escolas de Samba que organiza o carnaval sob a batuta dos filhos do Capitão Guimarães e de Anísio Abrahão David que também são alguns dos controladores do jogo do bicho. O jovens Luís Guimarães e Gabriel David atualmente mandam no carnaval carioca.
Eleições vem aí e muitos acordos por baixo dos panos, além de outros muito estranhos para a maioria, mas sempre sob a capa do “arco de alianças”, um mero pretexto para negócios e negociatas. Muitas promessas que jamais serão cumpridas vão ser feitas em nome dos partidos para o sempre cobiçado Jogo Político, que mais se assemelha a uma jogatina.
Como todo jogo só traz benefícios ao “dono da banca”.
ALCYR CAVALCANTI – Jornalista profissional e repórter fotográfico, presidente da ARFOC. Trabalhou nos principais jornais do Rio de Janeiro e de São Paulo e em agências de notícias internacionais. Bacharel em Filosofia pela Universidade do Estado da Guanabara (atual UERJ) e mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor universitário, ex-secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.
Fonte do vídeo: OZZNER. Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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