Por Emanuel Cancella –
A lista tríplice foi criada por Lula para impedir engavetadores como Geraldo Brindeiro que, entre outras, engavetou a compra de votos de FHC na criação do instituto da reeleição, que garantiu a reeleição de FHC (8,9).
O PGR Augusto Aras, indicado pessoalmente por Bolsonaro, passando por cima da lista tríplice, ficou conhecido por Engavetador Geral da República por ter arquivado 104 denúncias contra Bolsonaro vindas do STF (7).
Aras foi além. Para conseguir apoio dentro do MP, garantiu benesses exorbitantes. Assim, enquanto alguns procuradores receberam salários de R$ 400 mil; em dezembro de 2021, 1.141 procuradores da República, chamados de fiscais da lei, receberam salários acima do teto constitucional de R$ 34 mil. O pagamento extra foi autorizado pelo chefe do Ministério Público, Augusto Aras (2,3).
Espero que Lula tenha se conscientizado de que, ao escolher o substituto de Aras, cairá numa armadilha se seguir a lista tríplice, diante da politização da procuradoria, depois de Aras e da Lava Jato.
Já Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, é funcionário público e como tal tem que respeitar os princípios do LIMPE (Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) expressos na Constituição de 88.
Pelo menos dois deles foram atropelados por Roberto Campos, o da publicidade e da legalidade, quando escondeu da sociedade a compra do ouro ilegal do garimpo Yanomami (4). Qual a motivação que levou Roberto Campos a fortalecer o garimpo que sabia ser ilegal?
Dezenas de toneladas de ouro ilegal foram compradas pelo BC de Campos Neto, mas o mais grave é que 570 crianças Yanomamis foram mortas no governo Bolsonaro por conta principalmente do garimpo ilegal (5,6).
Paulo Guedes chamou os funcionários públicos de parasita sem dar nome aos bois, deveria estar se referindo a Augusto Aras e Roberto Campos Neto.
São muito bem remunerados com o dinheiro da sociedade, quando deveriam ser afastados e demitidos pelo desserviço que prestam ao povo brasileiro!
Fonte:
9 – https://pt.org.br/lula-comecou-tradicao-de-indicar-1o-da-lista-triplice-para-pgr/
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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