Por Miranda Sá

“Meu maior medo é morrer sem que ninguém saiba de alguma contribuição que eu tenha dado para a criação musical” (Amy Winehouse)

Escrevo este texto mal saído do Museu Armstrong, onde fui reverenciar um dos meus ídolos musicais, Louis, ícone do jazz, a genial música proveniente do folclore afro- norte-americanos. O genial poeta Maiakóvski referiu-se a ele como a “alma do jazz”.

Como barítono e hábil em vários instrumentos de sopro, principalmente o trompete, Armstrong revolucionou o Blues pela improvisação harmônica e extraordinária combinação de sons. Na sua fulgurante carreira como “showman” na Broadway e no cinema foi considerado uma das personalidades mais influentes e importantes do jazz.

Como gênero musical, o Jazz teve origem nos fins do século 19 e posteriormente encontrado nos estados do sul dos EUA. No início dos anos 1900 foi adotado e desenvolvido por afro-norte-americanos, vindo das canções que os negros cantavam quando trabalhavam como escravos nos campos de algodão.

Como verbete dicionarizado, “Jazz” é um substantivo masculino que define um estilo musical único. Há diferentes opiniões sobre a sua etimologia. Alguns historiadores dizem que vem de uma gíria da região de Louisiana usada para expressar vigor, dança e dribles do Beisebol.

Outros estudiosos aprofundam mais, relatando que a palavra tem origem na África Ocidental e significa “coito”, ou da palavra hausá “Jaíza”, da cultura Hausá (povo do norte da Nigéria), significando “o som de tambores distantes”.

Bombou com a primeira ópera folclórica, Porgy and Bess, escrita por George Gershwin e estreou na Broadway conquistando os nova-iorquinos assumindo com uma posição ao lado dos produtores brancos de musicais.

É indiscutível a vitalidade do Jazz de Nova Orleans, influenciado pelo blues. Lá aparece praticado por bandas de instrumentos de sopro e percussão de latão que dão acentos melódicos ritmados.

Jazz: o que é, origem, história e estilos - Toda Matéria

Muitos anos atrás me arrisquei a fazer uma comparação com o frevo pernambucano, pela forte presença de instrumentos de sopro como clarinete, corneta, saxofone, trompete e tuba executando um estilo marcial improvisado; encontrei aqui a referência de que é uma mistura da música de bandas marciais e ritmos caribenhos, como o merengue e o reggae.

Não há controvérsias sobre a origem do Jazz nas canções e danças negras e que foi o cornetista Buddy Bolden, neto de escravos, que primeiro desenvolveu a fusão do blues e ragtime em ritmo sincopado. Não temos qualquer discordância também quanto a constatação de que se desenvolveu de diversas formas como mistura com outros gêneros musicais.

Não posso deixar de homenagear além de Louis Armstrong, notáveis jazzistas como Billie Holiday, Charlie Parker, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, John Coltrane, Miles Davis, Thelonious Monk.

É notável a variedade de subgêneros do jazz. Encontramos na dIscografia o dixieland, o Swing, o bebop e o fusion. No pós-guerra, Era da maior prosperidade norte-americana, surgiu o rock ‘n’ roll num saudável cruzamento do Jazz com Blues, Country; e alguns estudiosos acrescentam o Gospel. Com o rock o mundo ganhou a bela figura de Elvis Presley.

Com os olhos voltados para o Brasil, é inegável o valor do rock brasileiro, cujo maior amigo, defensor e divulgador é o tuiteiro @RadioRockPuro que, como seus parceiros pelo mundo afora, se preocupa com a realidade em que vive.

Em tempo de eleições, tão conturbado pelo extremismo Ideológico, é dele o equilibrado pensamento:  – “Discutir ideologias de um sistema político/social que vem desde o século XVIII e já esgotou, é muita estupidez. Não tem modelo a ser seguido. Precisamos é de um novo modelo. ”

É em busca disto que os verdadeiros patriotas defendem mudanças no mecanismo governamental populista (seja de direita ou de esquerda) que inevitavelmente se corrompe e contamina os municípios através da funesta rede de transmissão do Poder Legislativo controlado pelo Centrão.

 Então, sob o ritmo da liberdade que o Jazz nos proporciona harmonicamente, devemos formar uma poderosa corrente de opinião para transpor a decência, a honestidade e a retidão de propósitos para o campo político.

Chega de populismo e sua companheira inseparável, a corrupção!

MIRANDA SÁ – Jornalista profissional, blogueiro, colunista e diretor executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril, as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã; Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo. mirandasa@uol.com.br

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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