Por Emanuel Cancella –
Essa tragédia aconteceria durante a ditadura militar nos anos 80.
A adutora do Guandu (responsável por 80% do abastecimento de água potável da região metropolitana do Rio de Janeiro), fica em Nova Iguaçu, o maior município da Baixada. Se o ato terrorista de Bolsonaro fosse consumado, teríamos um desastre ambiental igual ou maior do que Mariana e Brumadinho (3); a suspensão do fornecimento da água sabe-se lá por quanto tempo e muita gente ia ficar sem seus bens. Pior, muitos perderiam suas vidas!
O atentado de Bolsonaro seria por conta dos salários baixos dos militares. Além do Guandu, seguiriam outros ataques:”em várias unidades da Vila Militar, da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, no interior do Rio de Janeiro, e em vários outros quartéis” (7). Pergunta que não quer calar: quantos soldados e oficiais ficariam feridos e quantos morreriam?
Por conta do ato não consumado, Bolsonaro foi expulso e preso pelos militares (4). Depois o STM o absolveu, ouça trecho do julgamento (5,6).
Já o brigadeiro João Paulo Burnier, em 1968, arquitetou o plano diabólico de explodir o Gasômetro ao lado da Rodoviária Novo Rio, próximo ao centro, local onde reside e transita muita gente, inclusive gente de outros estados e municípios por conta da Rodoviária.
Burnier não contava com a dignidade, humanidade e honra do capitão Sérgio Miranda de Carvalho, também conhecido como capitão Sérgio Macaco, que comandava um grupo de paraquedistas de Operação Especiais. O capitão Sérgio Macaco disse um rotundante “Não!” a Burnier e por isso foi cassado pelo AI-5 e afastado da Aeronáutica, sem direito a receber o soldo.
O capitão Sérgio morreu de câncer, em 1994, sem ver seu direito efetivado. Esse atentado do Gasômetro e outros atentados seriam atribuídos a organizações de esquerda, para justificar uma nova onda repressiva(1).
Vale lembrar que a ditadura militar, que Bolsonaro idolatra, perseguiu, prendeu e torturou civis e militares. Segundo a organização internacional não governamental de direitos humanos, a Human Rights Watch, aproximadamente 20 mil pessoas foram torturadas no período brasileiro (2). 6500 militares foram vítimas dentre eles o herói nacional, capitão Sergio macaco (6)!
Bolsonaro faz questão de defender tanto a tortura como a do Coronel, Carlos Alberto Ustra e como também milícias, como a que ele próprio convidou para ficar no Rio (8,9).
Na verdade, Bolsonaro faz parte e defende a banda podre dos militares!
Fonte:
1 – http://memorialdademocracia.com.br/card/capitao-heroi-evita-banho-de-sangue
2 – https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/quantas-pessoas-foram-mortas-e-desapareceram-durante-ditadura-militar-brasileira.phtml
3 – http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/25541
4 – https://veja.abril.com.br/coluna/reveja/o-artigo-em-veja-e-a-prisao-de-bolsonaro-nos-anos-1980/
5 – https://www.extraclasse.org.br/politica/2020/05/grande-farsa-absolveu-bolsonaro/
6 – https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46532955
7 – https://www.facebook.com/FlavioSerafiniPSOL/photos/quem-s%C3%A3o-os-terroristas-o-croqui-da-bomba-que-bolsonaro-iria-explodir-contra-a-a/764036726953951/
8 – https://veja.abril.com.br/politica/bolsonaro-afirma-que-torturador-brilhante-ustra-e-um-heroi-nacional/
9 – https://www.cartacapital.com.br/politica/em-2005-jair-bolsonaro-defendeu-na-camara-miliciano-morto-na-bahia/
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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