Redação

O voto do ministro do STF André Mendonça pela condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) “prejudica” a estratégia eleitoral de Jair Bolsonaro este ano, na avaliação de auxiliares presidenciais. Os aliados explicam que Bolsonaro pretende explorar bastante, durante a campanha ao Palácio do Planalto, o fato de que o próximo presidente eleito poderá indicar ao menos dois novos ministros do Supremo.

Nesse cenário, o voto de Mendonça contra um deputado bolsonarista atrapalharia essa estratégia, na medida em que “enfraquece” o discurso de campanha do presidente sobre o STF.

NOVAS NOMEAÇÕES – “O voto do ministro Mendonça pode mostrar que as próximas nomeações do presidente não conseguirão transformar o Supremo Tribunal Federal como o eleitorado dele deseja”, resumiu à coluna um auxiliar direto de Bolsonaro.

Após ter o caso julgado pelo STF, o parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a instituições da República.

No entanto, logo após a decisão do tribunal, o presidente Bolsonaro concedeu indulto a Silveira. “Um decreto que vai ser cumprido”, disse Bolsonaro, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

SEMPRE POLÊMICO -Daniel Lucio da Silveira, nascido em 1982, é um ativista pró-bolsonaro, ex-policial, youtuber e deputado brasileiro. Natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, ele é conhecido por colecionar polêmicas envolvendo temas políticos.

Em fevereiro de 2021, Silveira teve prisão decretada após publicar um vídeo atacando o ministro do STF Edson Fachin. Na gravação, Silveira ainda enalteceu o Ato Institucional nº 5, o AI-5, um dos mais repressivos atos da ditadura militar.

Após ter o caso julgado pelo STF, o parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a instituições da República. No entanto, logo após a decisão do tribunal, o presidente Bolsonaro concedeu perdão a Silveira. “Um decreto que vai ser cumprido”, disse Bolsonaro, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais.

Fonte: Metrópoles


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