Por Iata Anderson –

Mal havia começado o segundo tempo, o Botafogo buscava o primeiro gol do jogo contra o Atlético-GO e de repente aconteceu o que Zico comentou semana passada comigo e Deni, no canal RESENHA. “Tem que chutar no gol, vai que o goleiro falha”. Exatamente o que aconteceu, antes dos 10 minutos, jogo igual, Marlon Freitas dominou bola de tiro de meta batido pelo goleiro, arriscou de média distância, Diego Loureiro abaixou-se para a defesa, não fechou as pernas e estava consumado o maior “frango” do atual campeonato brasileiro. Impossível não pensar o que Pelé me disse uma vez sobre esse fundamento –  chute – ao que parece pouco treinado por aqui. “Eu chutava no gol, muito grande (são 17.860 metros quadrados) e esperava o resultado, goleiro falhando, algo assim”. Exatamente o que acabou acontecendo. Abate sempre, esse tipo de lance, mas o Botafogo foi para cima, dominou grande parte do jogo e o empate aconteceu aos 96,30, contra, marcado por Leandro Barcia. Um desastre a atuação do árbitro Luiz Flavio de Oliveira atrapalhado pelo VAR, uma vez mais. Esse troço tornou o futebol o esporte mais chato do mundo. Embora o gol de Chay tenha sido bem anulado, considerando que houve interferência (Interferir  tomar parte (numa situação) com a intenção de influir no seu desenvolvimento e desfecho) de outro jogador alvinegro. Como o irmão famoso, Flavio já pode pensar em se aposentar e começar a carreira de comentarista, no Sportv. Mudou o comando da arbitragem na CBF e o novo chefe mandou “deixar o jogo correr”.

Como as coisas acontecem no nosso país, no meio da competição mudam os conceitos, deu no que deu. Um desastre.

O Vasco empatou uma vez mais, deixou a torcida irritada, houve cobrança, no embarque para Chapecó, dedo na cara, ameaças e nada mudou, nem vai mudar com o time atual, tampouco com essa postura. Tempo de ameaças em São Januário passou faz muito tempo. A situação é muito difícil, com três empates seguidos, na Séria B, em nove pontos possíveis e nenhuma mudança significativa, ao que parece, que posso alterar o rumo da permanência na segunda prateleira do futebol brasileiro. É cedo, claro, há uma longa caminhada, mas alguma coisa precisa ser feita, urgentemente. Trocar treinador não é a solução, mas acaba acontecendo, faz parte. Não faz parte é, na história do Vasco da Gama, ficar em 15º lugar na Segunda Divisão, superando apenas o Novorizontino para não cair na zona de descenso por apenas um ponto, atrás de Tombense, Brusque, Operário, Criciuma, Sampaio Correia e outros.

De bom somente a inauguração, ufa, da estátua de Roberto Dinamite, dia 28, em São Januário, homenagem ao maior artilheiro e ídolo do clube e outras torcidas. Sou muito fã desse grande jogador.

O jornal espanhol AS deu destaque para João Gomes, que tenho chamado a atenção faz muito tempo. “João Gomes, el gran ladrón de balones del Brasileirao. El mediocentro de Flamengo se ha destacado en los tres primeros partidos del campeonato brasileño por su capacidad para robar e interceptar acciones. Flamengo vive una situación delicada, los resultados no acompañan, el juego está lejos de las buenas versiones recientes que han visto los aficionados y Paulo Sousa por el momento no da con la tecla. Cayeron en la final del estadual Carioca y por el momento en el Brasileirao solo suman cinco puntos en tres jornadas. Sin embargo, un nombre ha destacado por encima del resto. João Gomes en el centro del campo ha resultado una figura indispensable para competir y mantener al equipo ordenado en la cancha. Este centrocampista de apenas 21 años, repleto de físico y hambre de competición, lidera la estadística de robos de balón en el campeonato brasileño y entre sus compañeros también es el jugador que ha ganado más duelo, ha recuperado más balones, el primero en acciones defensivas, quien ha sufrido más faltas y quien ha completado más pases en el tercio final de la cancha. Todos estos números hablan de una figura completa, que no solo defiende sino que con balón se muestra seguro en la creación y también en campo rival”.

Entra ano, sai ano, as estradas – via Serra do Mato Grosso – que levam à Região dos Lagos, estão em péssimas qualidades, depois de Maricá, além de esburacadas, pessimamente sinalizadas, com apenas uma pista em cada direção. Porém, sobram “pardais”, que se multiplicam com uma velocidade espantosa. As obras, depois da última chuvarada que derrubou barreiras na subida da serra, foram liberadas no sentido Niterói, depois de quase um mês interditada nos dois sentidos. Na ida, desvio por Ponta Negra em Jaconé, de 22 quilômetros (20 minutos), retornando à BR 106 em Sampaio Correia. Na volta mais de 1h30min, um absurdo manter o trecho entre Maricá e a entrada para Jaconé em uma pista de cada lado, impossibilitando ultrapassagem.

Comemore se apenas dobrar o tempo gasto. Já demorou muito para duplicar as pistas.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.


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