Redação –
Enquanto o governo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados do Centrão tentam, a todo custo, passar a boiada para a liberação de venenos e dos grileiros sobre o território nacional, o Greenpeace faz um novo alerta para os dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira (11/3).
Segundo a entidade, os números do Deter revelam que o mês de fevereiro foi o pior da história para a Floresta Amazônica e “reafirmam que o desmatamento na maior floresta tropical do planeta segue fora de controle”, com aumento de 62%.
RECORDE EM ALERTAS – Entre os dias 1º e 28 de fevereiro, os alertas apontaram um total de 199 km² desmatados, conforme os dados do sistema Deter. Isso representa um aumento de 62% em relação ao mesmo mês de 2021.
“É a maior área com alertas para o mês desde 2016, quando foram iniciadas as medições do Deter-B. Os alertas de desmatamento se concentram principalmente nos estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas”, destacou o Greenpeace, acrescentando:
“Os dois primeiros meses deste ano tiveram áreas recordes da série histórica, no acumulado já são 629 km², mais do que o triplo do que foi observado no ano passado, 206 km² desmatados. Isso tudo em um período no qual o desmatamento costuma ser mais baixo por conta do período chuvoso na região”.
CRIMES AMBIENTAIS – Este aumento absurdo demonstra os resultados da falta de uma política de combate ao desmatamento e dos crimes ambientais na Amazônia, impulsionados pelo atual governo. A destruição não para”, alertou o porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, Rômulo Batista, em nota da entidade.
O Grenpeace destacou outro dado alarmante revelado nesta semana pelo estudo da Universidade de Exeter, que revelou que a floresta amazônica está perdendo a sua capacidade de manutenção, chegando em um “ponto de não retorno”. De acordo com a pesquisa, três quartos da floresta estão apresentando uma resiliência cada vez menor contra secas e outros eventos climáticos adversos e, portanto, estão menos capazes de se recuperar.
“Assim, a previsão é de que grandes áreas irão começar a se transformar em um bioma mais parecido com uma área de floresta degradada e mais seca, gerando riscos para a biodiversidade e para o clima em escala global e intensificando a ocorrência de eventos climáticos extremos”, acrescentou a nota da ONG.
ATO PELA TERRA – “Na mesma semana em que milhares de pessoas se reuniram em Brasília, no Ato pela Terra, para exigir que o governo e o Congresso parem com o Pacote da Destruição, esse estudo publicado, a aprovação de urgência do PL da mineração em terras indígenas e os recordes dos alertas de desmatamento nos levam a refletir sobre o destino da Amazônia e seus povos”, destacou Batista.
Segundo ele, quanto mais desmatamento, “maior é a contribuição do país com a emissão de gases do efeito estufa, agravando ainda mais a crise climática e acelerando os eventos extremos como as chuvas torrenciais que vimos esse ano no Brasil”.
“Os dados de fevereiro apontam para mais um ano em que o Brasil caminha na contramão do combate à destruição ambiental e dos direitos dos povos indígenas”, complementou.
Fonte: Correio Braziliense
Tribuna recomenda!
MAZOLA
Related posts
Editorias
- Cidades
- Colunistas
- Correspondentes
- Cultura
- Destaques
- DIREITOS HUMANOS
- Economia
- Editorial
- ESPECIAL
- Esportes
- Franquias
- Gastronomia
- Geral
- Internacional
- Justiça
- LGBTQIA+
- Memória
- Opinião
- Política
- Prêmio
- Regulamentação de Jogos
- Sindical
- Tribuna da Nutrição
- TRIBUNA DA REVOLUÇÃO AGRÁRIA
- TRIBUNA DA SAÚDE
- TRIBUNA DAS COMUNIDADES
- TRIBUNA DO MEIO AMBIENTE
- TRIBUNA DO POVO
- TRIBUNA DOS ANIMAIS
- TRIBUNA DOS ESPORTES
- TRIBUNA DOS JUÍZES DEMOCRATAS
- Tribuna na TV
- Turismo