Redação

A IndustriALL Global Union, sindicato global ao qual é filiada a CNQ-CUT, manifestou-se criticamente às ações militares derivadas do conflito entre Rússia e Ucrânia, que têm como pano de fundo antigas e complexas questões geopolíticas envolvendo disputas de naturezas econômica, territorial, militar e cultural.

Cobrando o restabelecimento imediato das tratativas diplomáticas e do diálogo, a organização internacional expressou solidariedade à classe trabalhadora e aos sindicatos da região, que, ao longo dos anos, têm sido reféns nesse contexto de tensão.

Secretária de Relações Internacionais da CNQ-CUT e vice-presidenta da IndustriALL para a América Latina e Caribe, a companheira Lu Varjão alerta para os danos humanitários de uma guerra e, reiterando posição do sindicato global, destaca que a paz é condição inegociável para a retomada do desenvolvimento com justiça social, em meio a uma pandemia que sequer acabou.

“Também cientes da relevância da solidariedade internacional nesse momento, lamentamos que o Brasil, sob o desgoverno Bolsonaro, não reúna condições nem legitimidade política para contribuir efetivamente na mediação do conflito, na contramão da nossa tradição diplomática”, observa Lu Varjão.

A dirigente alerta ainda para as graves consequências que a crise no leste europeu pode acarretar para a classe trabalhadora.

“A Rússia é um dos maiores exportadores de petróleo e gás. A cotação do barril já subiu, o que reflete nos preços dos combustíveis e de toda a cadeia produtiva, inclusive dos alimentos. O Brasil não deve passar ileso, já que, desde o governo Temer, a gestão da Petrobras adota modelo que acompanha os valores internacionais, penalizando as trabalhadoras e os trabalhadores. Só vai agravar a pobreza e a fome”, finaliza Lu Varjão.

Fonte: Conf / CUT


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