Por Iata Anderson –

Vitória acachapante, muito merecida, inquestionável do Flamengo sobre o Bahia, dentro do seu campo, o que não é pouco. Aí vem a pergunta que todos se fazem: tem o dedo do Renato Gaúcho?  Não sei, cabe discussão.

Muito estranho que os dois melhores da noite tenham sido exatamente quem se arrastava em campo: Arrascaeta e Everton Ribeiro, de talento indiscutível, ponto.

É sabido que quando um treinador sai, por qualquer razão, o que entra tem que recorrer a duas situações se quiser algum resultado imediato: UNIR e MOTIVAR o grupo. Depois, em comum acordo com os preparadores físicos, melhorar o condicionamento atlético (físico), se for preciso. Se conseguir terá meio caminho andado.

Não é possível, entretanto, fazer isso em 10 dias, mais ou menos. Nem Guardiola, o melhor do mundo, faz. Isso aconteceu com o Flamengo, onde três jogadores (Gabigol, Pedro e Vitinho) marcaram pela primeira vez no campeonato brasileiro. Até os dois zagueiros de área, ponto fraco desde que chegaram ao clube, erraram apenas UMA VEZ, no segundo tempo, jogo decidido.

Arrascaeta, de talento indiscutível, errou 7 dos 8 primeiros passes no jogo anterior e, se deixassem, estaria correndo até agora no Pituaçu. Muito estranho. Os dois fizeram o torcedor lembrar do Flamengo de Jesus, em 2019, sem nenhum exagero.

Vale lembrar que Gerson, vendido, e Bruno Henrique, machucado, não fazem falta, ou não fizeram. Se continuar com o padrão anterior, fora do “patamar”, BH deveria ficar no banco, mas, com certeza, ele vai “melhorar”, como os demais.

Isso é uma constatação, depois da goleada que levou o Flamengo a primeira página da tabela. Lembrar, também, que Michael, justiça seja feita, foi o único jogador do grupo que manteve a pegada de jogos anteriores, de partidas medíocres neste campeonato. Errou e acertou, como de costume, como Diogo, o melhor de todos, por media.

Um “dedo” de Renato Portaluppi, substituir três jogadores aos 20 minutos do segundo tempo, com boa vantagem no placar.

Obvio, mas nem todos fazem.

Enfim, um desempenho de muita gente que andava destratando a bola, irritando os torcedores, deixando com pesadelos o demitido Rogério Ceni.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.


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