Por João Batista Damasceno

Hoje, dia 12/07/2021, a Diocese de Duque de Caxias completa 40 anos. O Bispo Emérito da Diocese, Dom Mauro Morelli, foi o seu bispo fundador e nela atuou por 24 anos.

Depois de retornar ao Brasil, terminado o curso de Teologia e ordenado padre, Dom Mauro Morelli iniciou o seu ministério em Rio Claro/SP, vindo em seguida para o seu projeto misericordioso na Baixada Fluminense.

Foi de dom Mauro Morelli a ideia dos restaurantes populares. Foram criados seis restaurantes, inclusive o Restaurante Popular Dom Helder Câmara, em Duque de Caxias.

Neste momento em que a acumulação de riquezas concentra-se ainda mais nas mãos de poucos (50% de toda a riqueza nacional está em mãos de menos de 1% da população) e traz a fome de volta aos lares, a reabertura dos restaurantes populares contemplará o direito humano à alimentação.

Atento a esta primária necessidade humana, a alimentação, quando dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte Dom Mauro escreveu um artigo inquietante intitulado: “Feijão na panela de pressão, uma questão para a Constituinte”. Fome é mais que o apetite. É a fala de esperança de ter comida em casa, que hoje ronda muitos lares brasileiros.

Eu desejo a Dom Mauro Morelli – primeiro Bispo da Diocese de Duque de Caxias e hoje seu Bispo Emérito – uma longa vida, com abundância, para que nos oferte a sua pretendida e prometida obra “Memórias de um pastor da periferia”.


JOÃO BATISTA DAMASCENO é Doutor em Ciência Política (UFF), Professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ); Membro do Conselho Consultivo do Jornal Tribuna da Imprensa Livre; Membro e ex-coordenador da Associação Juízes para a Democracia; Conselheiro efetivo da ABI; Colunista do Jornal O Dia.


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