Por Bolivar Meirelles

Sim. Apanhado com “a mão na botija” é ladrão. Sim. Civil ou militar.

Muitos comprometidos estão, carecem investigação, o veterinário Onix Lorenzoni e o coronel do exército Elcio Franco também. Um civil, outro militar. O General de Divisão Pazuello também. Esse militar. Tanto a gosto de Jair Bolsonaro, esse capitão do Exército Brasileiro, tanto é seu gosto em utilizar o título militar. Esse também tem de ser investigado. Não interessa se, civil ou militar. Todos têm de ser pesquisados. Quem roubou, ou se roubou, é ladrão. Forças Armadas se ameaçarem Poder ou atrapalharem trabalhos de CPI, exercitam crimes. Comandante de Força Militar é um funcionário público, apenas isso. E é muito. Armado pelas circunstâncias, o cirurgião com o bisturi.

Já utilizaram as armas contra o Povo desarmado.

Esse, hediondo crime. Teve médico que estuprou cliente dopada. Condenado. Desmoralizar a si e a instituição. Já tem militar envolvido em, ao que parece, suspeita de corrupção. Espero que só suspeita. Não se confirme. Caso confirmado nada tem, as Forças Armadas de responsabilidade. Responsabilidade pessoal. Civil ou militar. Cabo da Polícia Militar de Minas Gerais ou General do Exército. Ladrão é ladrão. Muitos envolvidos em gestão pública. Maior é a probabilidade de envolvimento. Não fere o prestígio da Corporação. Médicos negacionistas também não ferem o prestígio da profissão.

Quem for identificado que seja denunciado.

A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Covid 19 vai identificando. Não adianta o Clube Militar arranhar a voz do Presidente. Clube é clube. Que vão jogar seu tênis ou refrescar-se na piscina. Não afoguem suas mágoas os maus militares que participaram de torturas, estupros e, até, de assassinatos em quartéis ou em casas de tortura como a Casa de Petrópolis. Tudo o que, maus militares fizeram não acabou com o prestígio das Forças Armadas Brasileiras. Ainda existe na memória do Povo Brasileiro os pracinhas que lutaram na segunda guerra Mundial; existe na memória do Povo Brasileiro a luta travada no clube militar, junto com civis, na Campanha do Petróleo é Nosso; na recusa do Exército Brasileiro se envolver na Guerra da Coreia. Na recusa do Exército Brasileiro perseguir escravos foragidos. Na defesa dos índios brasileiros. Marcada na voz do Marechal Rondon: “morrer se preciso for…matar nunca”. Sim, militar ou civil envolvido em falcatruas tem de ser identificado, julgado e, se condenado, cumprir a pena. A Corporação a que pertence não tem de se envolver. As armas não são para isso.

Armas são para a defesa da Pátria e do Povo Brasileiro. Do território e das riquezas do País.

Ladrão é ladrão não distingue terno e gravata de farda. General ou soldado raso. Coronel ou veterinário civil. Todos são passíveis de responderem processos ou serem ouvidos em Comissão Parlamentar de Inquérito. Agora, desviar recursos financeiros de saúde nos tempos de pandemia, ultrapassadas mais de meio milhão de mortes…isso é crime hediondo. Capitão Bolsonaro, Presidente da República, ameaçar a justiça eleitoral se, caso não confirme sua vitória em 2022 a eleição não será reconhecida…isso ultrapassa de muito sua já nítida incompetente gestão. Fora Bolsonaro! Fora Mourão! Por um Exército, por Forças Armadas limpos dos militares que sujam as suas Corporações.

Fora a banda podre quer civil quer militar! Por um Brasil justo e Igualitário!


BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina.


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