Por Iata Anderson

Primeiro agradecer a Siro Darlan e o editor Daniel Mazola pelo convite.

Para os que não me conhecem na Tribuna da Imprensa Livre devo dizer que estou na estrada desde 1968, quando entrei pela primeira vez numa redação (O Jornal) e O Globo (estagiário). Depois rádio Vera Cruz, Tupi (9 anos alternados), Globo (9 anos, 8 na cobertura do Flamengo) e TV Manchete (5 anos). Três Copas do Mundo, 1 Mundial de clubes, 2 Olimpíadas, todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971. Exceto o primeiro 1943/44/45, vi muitos tricampeonatos do Flamengo (o segundo, só o de 1955).

Não me influencio por modismos, principalmente pela péssima qualidade do jornalismo atual, que não me representa.

Com meu irmão querido, Desembargador Siro Darlan, e o também Desembargador Celso Ferreira Filho. “Nunca pensei fazer essa foto”, disse ao abraçar meu amigo de infância Celsinho, de muitas peladas nas calçadas da Xavier da Silveira, em Copacabana, onde passamos parte de nossa infância e comemoramos o primeiro título mundial da seleção brasileira, em 1958. (Arquivo pessoal)

Detesto o politicamente correto, que mascarou o talento. Guardo na minha formação profissional aprendizado importante de Washington Rodrigues, Deni Menezes, meus mestres, e João Saldanha – o maior de todos. Não tenho pretensão de formar opinião de leitor ou ouvinte, guardo meus conceitos num cofre, para meu uso pessoal, concordem ou não.

“Iata Anderson, o amigo do Rei e das melhores informações” fez parte da equipe do “Copa Total México 86” na Rede Manchete. (Arquivo pessoal)

Sempre tive liberdade para falar ou escrever, mesmo durante o regime militar, trabalhando na rádio Globo. Duas temporadas na Arábia Saudita, como preparador físico, uma guerra (Golfo, 1991), Bonsucesso e São Cristóvão (técnico dos juniores) e assessor de imprensa do Flamengo (2004), onde comemorei a Taça Guanabara e o Campeonato Carioca. Além do Mengão torço pelo Real Madrid (desde 1960, meu time de botão) e Seleção Brasileira – menos o treinador, ultrapassado – desde 2018. Mais claro que isso, impossível.

Finalmente vou falar do Flamengo, começando pelo técnico, de quem fui muito fã, como goleiro, um dos melhores que vi.

Três ícones que treinaram grandes equipes do Clube de Regatas do Flamengo: Claudio Coutinho, Jorge Jesus e Paulo César Carpegiani. (Fotomontagem/TIL)

Penso que ainda não amadureceu o suficiente para o tamanho do clube que o contratou. Já poderia ter encontrado substitutos para Vitinho e Michael, que me levam à loucura, e um padrão de jogo. Gerson foi muito bem vendido, aliás uma marca do novo Flamengo, como aconteceu com Reinier, Paquetá e Vinicius Junior, a maior loucura cometida por um clube (Real Madrid) desde 1500, quando Cabral por aqui aportou.

Fechando, meu Flamengo de todos os tempos. Raúl, Leandro, Rondinelli, Mozer e Junior; Andrade, Carpegiani e Gerson Canhotinha de Ouro; Dida, Zico e Paulo Cezar Lima. Técnico: Claudio Coutinho.

Estamos na área.

IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.