Redação

Os três principais membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid afirmaram, em nota pública emitida logo após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro nesta 4ª feira (2.jun.2021), que a celebração das vacinas em cadeia nacional de rádio e televisão pelo chefe do Planalto é uma inflexão que vem com “um atraso fatal e doloroso”.

“A reação [do presidente] é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo“, dizem o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), que assinam o comunicado.

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Também subscrevem a nota em apoio à cúpula da CPI os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar(PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Braga (MDB-AM), titulares da comissão, e os suplentes Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Membro governista, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) sustentou que a nota pública revelaria “que não existe uma CPI da Covid, mas sim uma frente política de oposição ao governo: parcial, punitivista e alheia aos fatos”.

O aliado de Bolsonaro questionou a cúpula da comissão por, na sua visão, emitido uma nota oficial em nome da CPI sem consultar todos o integrantes.

“Panfletagem é ao que assistimos todos os dias e panfleto será o relatório final. Mas agora, pelo menos, o país sabe: a CPI é o palanque de alguns e não está preocupada com o país, mas com o projeto de uns poucos”, escreveu o presidente nacional do PP em sua conta no Twitter.


Fonte: Poder360