Por Bolivar Meirelles –
Assuma o Comando Presidente Bolsonaro. Situação de covardia explicita. “Tirar as castanhas com a mão do gato”. Covardia do macaco. Está claro que o Presidente Bolsonaro quer salvar o desqualificado General de Divisão da ativa, Eduardo Pazuello. Tal como o indisciplinado Capitão Bolsonaro, ao quase ser expulso do Exército, o General Pazuello também o é. Indisciplinado é aquele militar, soldado raso ou General de quantas estrelas portar nos ombros. Sair da frente o Presidente e empurrar o Ministro da Defesa, mais um ato de explícita covardia. Fica mal sim. Comandos covardes? General Pazuello indisciplinado? Que coquetel horroroso perante o Povo Brasileiro! Não! Não! Não! Não temos saída. Apenas sobrou ao Comandante do Exército, General Paulo Sérgio Nogueira, salvar a Instituição Militar. O Exército Brasileiro. Instituição que, a despeito de alguns golpistas, teve, em seus quadros, militares de grande dignidade. Coronel Sena Madureira enfrentando escravocratas, Tenente Siqueira Campos, Capitão Luiz Carlos Prestes, Tenente Joaquim Távora… Vários militares que, perseguidos pela Ditadura do Estado Novo, se apresentaram para lutar na Guerra Civil Espanhola em defesa do Governo Republicano. Lutavam contra a Porta de Entrada do Nazifascismo.
Marechal Rondon, ícone dos defensores dos indígenas brasileiros, militar indigenista. “O Exército Brasileiro não é formado de capitães do mato para perseguir escravos foragidos”. Frase digna do Marechal Deodoro da Fonseca. Quanta e quanta dignidade! Sim, dignidade e coragem.
Hoje, num caso simples, o Exército Brasileiro que lutou contra o Nazifascismo, se vê na tentativa de ser desmoralizado por um Presidente da República ex e contínuo indisciplinado Capitão que, quase expulso do Exército Brasileiro por indisciplina, acabou se vocacionando para a política e, mantendo a indignidade. Continuou sendo defensor do golpismo, da tortura, de estupros e de assassinatos em quartéis. Defensor dos 21 anos de Governos Militares Ditatoriais, implantados no Brasil no pós Golpe de Estado de 1964.
Defensor do Ato Institucional número 5.
Hoje, o Exército está em cheque para, por ordem desse indisciplinado Capitão Presidente Jair Messias Bolsonaro, agregando o subserviente Ministro da Defesa General Braga Neto, pressionarem o Comandante do Exército para que a Instituição, não cumpra o Regulamento Disciplinar dela e puna o indisciplinado General Pazuello, por ter, na Ativa, participado do ato Político nesse domingo próximo passado, 23 de maio de 2021. Vergonha será para o Exército Brasileiro. Desmoralização seria para a autoridade do Comandante do Exército. Espero do Comandante que salve a dignidade da Corporação e entregue o Posto de Comando se necessário for. Espero que vários Generais de Exército não aceitem substituí-lo. Ficaria salva a dignidade da Força. O Exército já teve seu corpo maculado, quando, por atos da Ditadura instalada no pós Golpe de Estado de 1964, mais de 6.500 de seus membros foram afastados do Serviço Ativo por atos discricionários. Reaja Comandante! Mesmo que, para isso, tenha de entregar o Comando. O Exército sairia em melhor situação.
Pela dignidade das Forças Armadas! Pela dignidade do Brasil!
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina.
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