Redação –
Centrais sindicais entregarão aos presidente Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado) uma lista com 24 propostas em discussão no Congresso que consideram merecer atenção prioritária. É a 1ª vez que as centrais desenvolvem uma agenda conjunta sobre propostas em discussão no Legislativo.
A lista será entregue depois de uma manifestação programada para a 4ª feira (24.mai.2021) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Eis a íntegra do documento (2 MB).
Tradicionalmente, as centrais sempre dialogam em torno de pautas em comum. Mas a ação inédita de divulgar uma agenda prioritária é resultado da falta de interlocução do governo com os representantes dos trabalhadores. Com o fim do Ministério do Trabalho, Bolsonaro conseguiu unir movimentos de interesses conflitantes em torno de uma pauta em comum.
Assinam a proposta CUT, Força Sindical, UGT, CSB, NCST, CTB, Pública, CGTB, Intersindical e CSP Conlutas.
Entre os projetos citados, 19 estão em tramitação na Câmara e 5 no Senado. Nem todos os projetos citados na lista têm aceitação das centrais. Há 12 textos que as organizações são contra.
Dentre aquelas que elas apoiam, o Poder360 destaca:
- aumento do auxílio: ampliar, de R$ 250 (valor intermediário) para R$ 600, e de 40 milhões de pessoas para 70 milhões;
- proteção ao emprego: extensão do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda;
- teto de gastos: exclusão de educação, saúde e segurança pública da regra do teto.
Elaborada em conjunto com o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), a Agenda é um “documento de resistência e atuação propositiva junto ao Congresso Nacional, que traz o posicionamento e faz propostas do movimento sindical”, afirmam as centrais, em nota.
Até 2018, as centrais tinham facilidade em expor seus pleitos ao governo. Mas eram mais subdivididas. Agora, elas têm que dançar em sincronia para não serem esmagadas pela agenda do governo. O Congresso virou refúgio. Unidas, buscam evitar um desamparo e marcar suas posições de classe.
O ato pré-divulgação da lista será realizado na Esplanada dos Ministérios. Segundo o movimento, será evitado uma aglomeração de pessoas por causa da pandemia de covid-19. Afirma que será seguido todos os protocolos sanitários para evitar contágio e propagação do coronavírus.
Fonte: Poder360
MAZOLA
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